A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, admitiu neste domingo (25/12) que a economia mundial está em uma situação muito perigosa.
Em entrevista para o Journal du Dimanche, Lagarde, que também é ex-ministra de Finanças da França, exigiu que os líderes da União Européia acelerem a aplicação das medidas adotadas na cúpula realizada neste mês. Segundo Lagarde, seria útil que os europeus anunciassem um calendário simples e detalhado sobre o andamento dos acordos.
Durante a cúpula dos dias 8 e 9 de dezembro, os chefes de Estado e de Governo da UE decidiram endurecer as sanções para as nações incapazes de manter seu déficit abaixo de 3% ou que modifiquem o teto permitido para o endividamento público. Também se comprometeram a reforçar o FMI com 200 bilhões de euros para que o organismo participe do resgate de economias em risco, sempre condicionado a severas medidas de ajuste.
Lagarde declarou que a crise afeta também os Estados Unidos e os países emergentes e anunciou que a cifra prevista de crescimento da economia mundial será rebaixada. O FMI impulsionou, desde os anos 1990 do século passado, políticas neoliberais que aumentaram a pobreza, frearam o crescimento econômico e debilitaram a capacidade de reação dos governos para enfrentar a crise global, desatada em 2008.
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