No ano de 2015, 76% dos mortos e feridos por ataques com explosivos no mundo eram civis, segundo um relatório da ONG britânica AOAV (Action on Armed Violence) divulgado nesta terça-feira (26/04). A ONG computou um total de 43.786 vítimas, das quais 33.307 eram civis.
EFE
Segundo o relatório, a Síria foi o país com o maior número de mortos por explosivos em 2015 (8.732), dos quais 85% eram civis
Em relação ao ano anterior, 2015 registrou um aumento de 2% do número de civis que foram vítimas de explosivos, o que representa o quarto ano consecutivo de alta. Se comparado a 2011, quando a AOAV iniciou o registro, o número de mortos e feridos aumentou 54%.
Na Turquia, a quantidade de vítimas civis subiu 7.682% em relação a 2014. Em seguida, vêm Iêmen (1.204%), Egito (142%), Líbia (85%), Síria (39%) e Nigéria (22%).
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O relatório, intitulado “Unacceptable Harm” (“Dano inaceitável”, em tradução livre), indicou mais de 2.000 “incidentes de violência com explosivos” em 64 países e territórios do planeta, com destaque para Afeganistão, Egito, Iêmen, Iraque, Paquistão, Síria, Turquia e Ucrânia. O levantamento de vítimas e incidentes foi feito pela ONG de acordo com os casos reportados pela imprensa em língua inglesa.
A Síria registrou 8.732 civis mortos em 2015 por conta de explosivos, o país com o número mais elevado do mundo. Iêmen (6.289), Iraque (5.059), Nigéria (2.920) e Afeganistão (1.291) vêm a seguir.
A grande maioria (92%) das vítimas de ataques em zonas populadas foi de civis. Essas áreas são também as mais atingidas por armas explosivas. Ataques em centros comerciais possuíram o maior índice de danos para civis, seguidos por templos religiosos e áreas residenciais urbanas, afirma o relatório.