O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou nesta quinta-feira (27/01) no Fórum de Davos que ele e a chanceler alemã Angela Merkel “nunca” abandonarão o euro, em um discurso no qual voltou a defender a criação de um imposto sobre as transações financeiras para financiar a ajuda ao desenvolvimento.
“Nem a chanceler alemã, Angela Merkel, nem eu deixaremos nunca o euro cair”, enfatizou Sarkozy, que falava na qualidade de presidente do Grupo dos Oito (G8, que reúne os principais países ricos e a Rússia) e do Grupo dos Vinte (G20, que agrega os países mais ricos e os principais emergentes) a uma plateia composta por líderes políticos e econômicos.
“Há alguns meses, havia muitas reportagens sobre o perigo que o euro corria, mas agora as reportagens desapareceram e o euro permanece”, afirmou o presidente francês. Sarkozy acrescentou que “se a Europa se transformou em um lugar de paz, é por conta da União Europeia e do euro. Devemos nos abster de todos os mal-entendidos, de atuar cada um de acordo com sua ideologia”, disse.
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Taxas
Sarkozy aproveitou a apresentação em Davos para destacar suas prioridades à frente do G20, que tem presidência francesa este ano, e voltou a defender a iniciativa de uma taxa sobre as transações financeiras, sugerindo que “um grupo de países líderes” dê o exemplo e a adote.
“Em Copenhague, os grandes países do mundo adotaram a decisão de destinar aos países mais pobres 120 bilhões de dólares anuais a partir de 2020. Como todos os nossos orçamentos estão em déficit, não há ninguém que possa imaginar que este dinheiro sairá dos orçamentos dos Estados. Por isto, não temos opção”, declarou.
“Se não queremos ser criticados, é necessário criar financiamentos inovadores. Não é uma eleição, é algo inevitável”, insistiu.
Para o presidente francês, dedicar dinheiro ao desenvolvimento é o modo de enfrentar os perigos da “ascensão do terrorismo que se alimenta da pobreza” e da “ascensão do integrismo que se alimenta das injustiças”.
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