O governo de Israel está analisando uma proposta de congelamento dos assentamentos judeus na Cisjordânia, após uma oferta de aliança política e de segurança feita pelo governo dos Estados Unidos, informou neste domingo (14/11) o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, segundo o jornal israelense Haaretz.
Os EUA querem que Israel paralise a construção de assentamentos para que as negociações de paz com os palestinos possam evoluir. Em setembro, após Israel ter anunciado que retomaria as construções, os palestinos abandonaram o diálogo.
Leia mais:
Abbas exige reunião do Conselho de Segurança para frear expansão judaica
Palestinos criticam Israel por processo de colonização
Israel prevê ampliação de colônia judaica em Jerusalém Oriental
Israel face à sua história, por Eric Rouleau
Opinião: O Estado de Israel é a origem do ódio
Estados Unidos e Israel devem entrar em negociações sobre a proposta, que Netanyahu apresentou ao conselho de ministros em uma reunião realizada hoje. O premier israelense estava nos Estados Unidos, onde se reuniu com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton na quinta-feira. “A proposta ainda não está finalizada. Está sendo reformulada pela nossa equipa [de negociadores] e pela dos americanos”, declarou, no início da reunião do governo.
“Quando estiverem prontas, vou apresentá-las ao conselho de segurança [de Israel, constituído pelos 15 ministros mais importantes]”, disse, adiantando que insistirá para que “qualquer proposta [a ser discutida] responda às necessidades de segurança do Estado de Israel”.
Uma fonte do governo israelense consultada pela agência de notícias AFP assegurou que os Estados Unidos exigiram que Israel decrete um novo congelamento da construção de colônias na Cisjordânia por um prazo de 90 dias, em troca de um “pacote generoso” de medidas de apoio político e militar. A exigência de Washington não abrange, aparentemente, os colonatos judeus em Jerusalém Oriental.
Em resposta ao anúncio de Netanyahu, o porta-voz da Autoridade Palestiniana, Nabil Abou Roudeina, disse não ter “nenhuma informação oficial sobre um eventual congelamento”, exigência fundamental dos palestinos para a retomada das negociações de paz com o Estado judeu – não apenas no que toca ao território da Cisjordânia, mas também de Jerusalém Oriental, de maioria árabe e anexada por Israel em 1967, onde os palestinos planejam estabelecer a capital de um seu futuro Estado.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL