A maneira como os Estados Unidos vêm distribuindo a ajuda humanitária no Haiti recebeu críticas. Ontem (20), uma semana depois do terremoto que destruiu o país, o embaixador haitiano em Washington, Raymon Joseph, se queixou que a distribuição acontece de forma anárquica e nem todos ganham mantimentos.
“Não concordamos com o que está acontecendo, porque apenas os mais fortes conseguem ajuda”, disse o embaixador, durante una missa pelas vítimas da tragédia. O diplomata criticava o fato de os helicópteros lançarem os pacotes de comida e água do ar, a cerca de 3 metros de altura, sem coordenação.
Shawn Thew/EFE (20/01/2010)
Helicóptero de Guarda Costeira dos EUA distribui mantimentos em Porto Príncipe
Segundo o embaixador, “se neste momento, uma semana depois, a ajuda não está sendo bem distribuída, temos de começar a exigir responsabilidades”.
Resposta dos EUA
No entanto, as críticas foram rejeitadas pelos EUA, que exploraram o fato de o diplomata não viver no Haiti ou ter viajado ao país após o terremoto. “É uma opinião, mas a informação que temos é que tudo corre normalmente, sem problemas e com a tendência de melhorar”, afirmou o contra-almirante Ted Bench, a cargo das operações aéreas de distribuição da ajuda e comandante da frota ancorada na baia de Porto Príncipe.
Bench também rechaçou as acusações dos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales, que os EUA estariam invadindo o Haiti com a chegada de sete mil soldados. Para a próxima semana, outros quatro mil devem desembarcar no país. “Quem diz isso é porque ainda não veio até aqui ver o que estamos fazendo. É um esforço da comunidade internacional para salvar este país. Estamos fazendo tudo para aliviar o sofrimento dessas pessoas. Não para ocupar o país”, afirmou o contra almirante.
No domingo (17), o porta-aviões Carl Vinson enviou à terra dois helicópteros para identificar zonas de pouso e distribuição da ajuda internacional. A reportagem do Opera Mundi esteve junto em uma dessas operações. Foram identificados 14 lugares de pouso, que começarão a ser ocupados nos próximos dias. A maioria está numa zona desértica, que separa a capital haitiana do resto do país.
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