O embargo estipulado pela UE (União Europeia) ao petróleo procedente da Síria entrou em vigor neste sábado (03/09) junto a outras sanções a personalidades e empresas do regime de Bashar al Assad, a fim de aumentar a pressão política e econômica pela violenta repressão empreendida no país.
As medidas foram publicadas nesta manhã no Diário Oficial da UE e incluem a “proibição da compra, importação e transporte desde a Síria de petróleo cru e produtos petrolíferos”, assim como a imobilização de capitais e recursos econômicos a novas pessoas e entidades que se beneficiem do regime ou que lhes emprestem apoio.
Este novo regulamento “deverá entrar em vigor imediatamente”, embora no caso do embargo de petróleo possa ser solicitada uma moratória até 15 de novembro para respeitar contratos em vigor.
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Com esta sanção, os 27 países do bloco comunitário pretendem reduzir os meios de financiamento do regime de Assad, que vende 95% de seu petróleo à Europa.
No entanto, para a UE a medida não representa um grande impacto, já que o petróleo sírio soma apenas 1,5% do total das importações (só Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, França e Áustria compram petróleo da Síria).
Por outro lado, a UE publicou hoje em seu Diário Oficial a identidade das quatro pessoas – todas elas de nacionalidade síria – e das três entidades que passam a engrossar a lista de aliados de Assad aos quais se proíbe viajar a solo europeu, além de terem seus ativos congelados.
Anteriormente, a UE já havia sancionado 50 pessoas vinculadas ao regime, incluindo o presidente, e mais de dez empresas e entidades próximas ao governo, além de impor um embargo de armas e de materiais utilizados para a repressão.
Os ministros das Relações Exteriores europeus, reunidos em um encontro informal em Sopot (Polônia), seguirão discutindo neste sábado novas medidas de pressão econômica e política contra o regime sírio, embora não esteja prevista a aplicação de mais sanções, segundo declarou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
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