O governo do Equador informou que a estatal brasileira Petrobras deverá deixar o país, depois de fracassadas as negociações para estabelecer novas regras para a exploração de petróleo.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (23/11) pelo ministro de Recursos Naturais Não Renováveis, Wilson Pastor, horas antes do fim do prazo estabelecido para a mudança dos contratos de participação para um modelo que limita a atuação das petroleiras à prestação de serviços.
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De acordo com o governo equatoriano, a Petrobras deverá entregar a operação de seus dois poços, com produção diária estimada em 19,3 mil barris, no prazo de 120 dias.
Segundo o ministro equatoriano, com a renegociação, o país passará a ficar com 80% das divisas da exploração de petróleo, e não mais com 70%, como previam os contratos anteriores.
As novas regras para a exploração de petróleo no Equador estabelecem que o governo vai arrecadar todo o lucro obtido com a extração, em troca do pagamento dos custos de produção.
Outras três companhias, além da Petrobras, também ficaram fora dos novos contratos. O Equador fechou acordos com as empresas Repsol-YPF, Agip, Andes Petroleum e PetroOriental-Enap.
O impasse nos contratos entre a Petrobras e o Equador se arrasta desde 2008, quando o governo anunciou as novas regras para a exploração petrolífera no país. Antes, a arrecadação do Estado era de apenas 18% do lucro do petróleo.
À época, quando foi assinado o “contrato de transição”, a Petrobras havia advertido que o impasse entre a estatal e o Equador continuava apesar do acordo e que existia a possibilidade de a companhia deixar do país.
Membro da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), o Equador produz 500 mil barris de petróleo por dia.
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