Efe
Morreu nesta terça-feira (15/05), aos 83 anos, o escritor mexicano Carlos Fuentes. O autor de livros como “A Campanha” e “A Morte de Artemio Cruz” faleceu em um hospital da Cidade do México, de causas ainda não divulgadas. O presidente do México, Filipe Calderón, lamentou a morte de Fuentes em sua conta no twitter: “Lamento profundamente o falecimento do nosso querido e admirado Carlos Fuentes, escritor e mexicano universal. Descanse em paz”.
Tido como um dos mais importantes escritores da língua espanhola no século XX, Fuentes foi muitas vezes citado como candidato ao prêmio Nobel de Literatura, mas acabou não sendo laureado. Em compensação, ganhou o Prêmio Cervantes em 1987 e o Prêmio Príncipe das Astúrias em 1994.
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Fuentes se considerava um “inventor” da história, papel que também conferia a escritores como Jorge Luís Borges, Nélida Pignón e Jorge Amado. Para ele, o fato de a América Latina ter sido colonizada por vários séculos fez com que os romancistas tivessem a tarefa de recriar seu passado. “A história também precisa de imaginação”, disse em uma entrevista a O Estado de S. Paulo, em 2000.
Filho de um diplomata mexicano, Fuentes nasceu no Panamá, em 1928, e durante a infância acompanhou o pai morando em diversas capitais latino-americanas, incluindo o Rio de Janeiro. Voltou ao México na adolescência, onde desenvolveu sua carreira de escritor, cujo auge ocorreu nas décadas de 1950 e 1960. Também foi diplomata, chegando a embaixador na França, além de ter dado aulas em universidades como Harvard e Cambridge.