O secretário-geral do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), Pedro Sánchez, anunciou nesta sexta-feira (19/02) que aceitou a proposta do líder da IU (Esquerda Unida, na sigla em espanhol), Alberto Garzón, de se reunir com representantes da IU, Podemos e Compromís, três partidos de esquerda. A proposta havia sido feita nesta quinta (18/02).
EFE
No início de fevereiro, o rei Felipe VI atribuiu ao líder socialista Pedro Sánchez a responsabilidade de formar o novo governo espanhol
No Twitter, Sánchez publicou a carta em resposta a Garzón, na qual defende um “processo de diálogo” que permita “a constituição de um governo progressista e reformista, apoiado por distintas forças políticas”. Ainda não há data ou local divulgados para a realização da reunião, que contaria com a presença das equipes dos partidos, mas não dos líderes.
“Confirmo nossa disposição em participar da reunião de trabalho que o senhor propõe com representantes do Podemos, IU e Compromís, com relação a firmar um programa para a investidura, que projete na legislatura a ação de um governo progressista e reformista”, diz Sánchez na carta.
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Sánchez destacou estar aberto para a construção “de um programa para a investidura”, mas não deixou clara a intenção de tratar, no encontro, da formação de seu possível gabinete, como desejava Pablo Iglesias, líder do Podemos. A investidura é o processo no qual o Parlamento reconhece a nomeação, feita pelo rei, do candidato a presidente de Governo da Espanha, cargo equivalente ao de primeiro-ministro.
Ahora más que nunca es importante el diálogo y el entendimiento. Mi respuesta a la carta de @agarzon pic.twitter.com/Hh6HhVZQhW
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) 19 fevereiro 2016
“Isso não é uma partida de pôquer, não é Guerra dos Tronos, tem a ver com a fome, a miséria e a desigualdade do país”, disse Alberto Garzón nesta sexta-feira, após sua proposta de encontro ter sido aceita pelo PSOE. O Podemos já havia concordado em fazer parte da reunião.
O presidente de governo interino, Mariano Rajoy, cujo partido foi o vencedor das eleições de dezembro, não obteve aprovação parlamentar do seu programa de governo em duas votações. No início do mês, o rei Felipe VI indicou Sánchez para formar o governo.
O líder do PSOE irá se submeter à votação no Parlamento espanhol em 2 de março e precisa obter maioria absoluta. Caso não consiga, haverá nova votação 48 horas depois, em que necessitaria de maioria simples.