A Espanha rejeitou nesta quarta-feira (16/05) a oferta de “diálogo direto” proposta pelo ETA (Pátria Basca e Liberdade na sigla em basco) na última semana. Em discurso no plenário do Congresso dos Deputados, o ministro do Interior do país, Jorge Fernández Díaz, exigiu que o grupo se dissolva de forma incondicional e entregue suas armas.
“Para entregar as armas não é preciso dialogar”, afirmou o ministro, quem disse ainda que o ETA não mais condiciona “os passos do governo nem nossas vidas”. Diaz afirmou ainda que o governo não irá dialogar com o grupo, já que a única comunicação que espera é o anúncio de sua dissolução incondicional.
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A declaração do ministro é uma resposta ao comunicado do ETA enviado à agência de notícias AFP, por meio do qual o grupo informa o desejo de estabelecer um “diálogo direto” com os governos da Espanha e da França.
A posição do grupo já havia sido antecipada pela CVI (Comissão de Verificação Internacional), responsável por avaliar a credibilidade do cessar-fogo definitivo do ETA, no último dia 04.
Na ocasião, Ram Manikkalingam, porta-voz do comitê, declarou o grupo desejava negociar uma solução definitiva para a situação, que envolve também presos do ETA. O comunicado com o pedido foi enviado a sindicatos, organizações religiosas e partidos políticos.
O conservador PP, partido do chefe de governo Mariano Rajoy, no entanto, não recebeu o comunicado, pois deixou de pertencer à CVI. Ao comentar o pedido do grupo, o ministério do Interior afirmou que “não necessita de verificadores internacionais para comprovar se o ETA está se dissolvendo”.