Atualizada às 20h38
Os governadores dos estados de Nova York, Andrew Cuomo, e de Nova Jérsey, Chris Christe, anunciaram nesta sexta-feira (24/10) que pessoas provenientes de áreas afetadas pelo surto de ebola e que sejam consideradas de “alto risco” serão colocadas em quarentena obrigatória de 21 dias se chegarem por algum dos aeroportos da área. A medida vem um dia depois de o primeiro caso de ebola ser registrado na cidade de Nova York.
Segundo Cuomo, profissionais de saúde que trataram pacientes com o vírus em Serra Leoa, Libéria ou Guiné irão direto para o isolamento. Os critérios para determinar o nível do risco ainda serão exatamente definidos, mas devem ser levados em conta os países que o passageiro visitou e o possível nível de exposição ao ebola.
Steps include mandatory quarantine of those providing medical services to #Ebola patients in Liberia, Sierra Leone, or Guinea.
— Governor Christie (@GovChristie) 24. Oktober 2014
Os dois estados são servidos por alguns dos aeroportos mais importantes dos EUA: JFK (um dos principais pontos de entrada de estrangeiros no país) e LaGuardia, em Nova York, e Newark, em Nova Jérsey. Os três estão localizados na região da cidade de Nova York.
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De acordo com a emissora CBS, os departamentos de saúde irão determinar os procedimentos de isolamento a serem seguidos. Segundo Cuomo, pacientes com o “maior nível de possível exposição” ao ebola serão automaticamente postos de quarentena por 21 dias em algum local regulado pelo governo de algum dos dois estados. Os que forem considerados de “menor risco” terão temperaturas e sintomas monitorados.
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Saguão do aeroporto de Newark, em Nova Jérsei; governo estadual anunciou mais restrições contra ebola
Já nesta sexta houve a primeira aplicação da nova norma, de acordo com a CBS e a ABC. Uma profissional de saúde, que estava retornando da África após tratar pacientes com ebola e pousou em Newark, foi posta em quarentena mesmo não apresentando sintomas.
As novas medidas vão além das anunciadas pelo governo norte-americano há três dias, que restringiam a apenas cinco aeroportos (além dos três de Nova York e Nova Jérsey, o de Atlanta e o de Washington) a chegada de passageiros provenientes de áreas endêmicas. Cerca de 94% dos viajantes que voam procedentes destes países chegam aos EUA por eles.