Vigente há 17 anos, a medida “Don't Ask, Don't Tell” (“não pergunte, não fale”, em inglês), que permite que gays e lésbicas sirvam o exército dos Estados Unidos se mantiverem suas orientações sexuais em segredo, deveria ser cancelada, na opinião de 70% dos militares entrevistados em pesquisa feita pelo Pentágono.
De acordo com o relatório, dois terços dos militares acredita que a anulação da medida poderia ter impacto positivo ou não ter nenhuma consequência. Apenas 30% acham que a anulação poderia ter consequências negativas. A maior oposição à mudança está entre os membros da Marinha e de algumas unidades de combate especial.
O Pentágono já havia se manifestado favoravelmente à alteração, mas pediu tempo para se adaptar. Estima-se que 13 mil militares tenham sido expulsos das forças armadas por conta política.
Outra pesquisa divulgada nesta segunda-feira (29/11) pelo instituto de pesquisas Pew mostrou que a maioria dos civis (58%) é a favor de permitir que gays e lésbicas sirvam abertamente, contra 27% que se opõe.
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Senado
O Secretário de Defesa norte-americano, Robert Gates, disse que o cancelamento da medida não seria uma mudança brutal ou traumática, mas que deve ser realizada com cautela: “É preciso muito cuidado se quisermos evitar um impacto perturbador, e potencialmente perigoso, sobre o desempenho dos que estão servindo na ponta de lança das guerras da América”.
Gates declarou que é urgente que o Senado vote nas próximas semanas o cancelamento da lei. Segundo ele, se isto não acontecer podem haver brigas nas cortes e a possibilidade da anulação da medida ser imposta imediatamente por decreto judicial.
A Câmara já votou para derrubar a lei. No entanto, os republicanos no Senado têm bloqueado a medida, porque afirmam que não tiveram tempo suficiente para debatê-la.
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