O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, declarou nesta terça-feira (10/12) que o país vai “reconhecer e apoiar fortemente” um futuro governo sírio que resulte de um processo de transição “inclusivo e transparente”.
“Os Estados Unidos reafirmam seu total apoio a uma transição política liderada e de propriedade da Síria. Este processo de transição deve levar a uma governança confiável, inclusiva e não sectária que atenda aos padrões internacionais de transparência e responsabilidade, consistente com os princípios da Resolução 2254 do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, instou o governo norte-americano.
Por meio de um comunicado à imprensa, Blinken ditou que o processo de transição de governo na Síria, após o avanço dos grupos extremistas e a queda do presidente Bashar Al Assad deve “respeitar integralmente os direitos das minorias e facilitar o fluxo de assistência humanitária a todos os necessitados”.
Outra exigência norte-americana é que a Síria não “seja usada como base para o terrorismo ou represente uma ameaça aos seus vizinhos e garantir que quaisquer estoques de armas químicas ou biológicas sejam protegidos e destruídos com segurança”, referindo-se à proximidade que o governo Assad tinha do Irã e Hezbollah.
A nota não cita o grupo extremista Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), responsável por derrubar o governo de Assad, no último domingo (08/12), nem seu líder, Abu Mohammad al-Jolani, considerado terrorista pelo governo norte-americano desde 2013, e oferecem uma recompensa de U$10 milhões pela sua vida.
O documento apenas cita uma fala do presidente Joe Biden sobre como “seria um desperdício se um tirano fosse derrubado apenas para ver um novo surgir em seu lugar”, ignorando que o grupo responsável por tal feito está na lista de patrocinadores do terrorismo do governo norte-americano desde 2018, e seu líder, há mais de uma década.
(*) Com Ansa