A pedido do governo do Haiti, os Estados Unidos expulsaram os jornalistas do aeroporto de Porto Príncipe, onde profissionais de imprensa do mundo todo estavam acampados, disse hoje (21) à agência de notícias espanhola Efe um funcionário do governo norte-americano.
Ontem (20), jornalistas estrangeiros instalados no aeroporto Toussaint L'Overture se queixaram de que os soldados norte-americanos comunicaram que deveriam sair do terminal de passageiros e das pistas de aterrissagem, sem dar explicações.
Hoje, o funcionário alegou à Efe que a decisão teria sido tomada pelo ministério dos Transportes do Haiti. Para o órgão, os procedimentos de segurança que existiam antes do terremoto deveriam ser retomados.
“A decisão do ministério de Transporte do Haiti significa que não será mantido o acesso sem restrições à imprensa ao terminal de passageiros nem às pistas de aterrissagem. Foi pedido à imprensa que desocupe essas áreas para que as regras normais do aeroporto possam ser restabelecidas”, disse a fonte.
O exército dos EUA, encarregado na prática da segurança no aeroporto, informou que a imprensa deveria deixar as pistas e o terminal a partir de hoje.
Segundo o representante norte-americano, são os haitianos que estão encarregados do aeroporto e é “normal” que a imprensa não tenha acesso livre a pistas.
Rússia
Segundo a agência de notícias russa ITAR-TASS, além de expulsar os jornalistas, os militares dos EUA que controlam o aeroporto da capital haitiana também têm criado dificuldades para o desembarque de ajuda humanitária trazida da Rússia via Venezuela.
De acordo com a agência, um avião Ilyushin-76 com medicamentos e mantimentos teria sido impedido de voar de Caracas para Porto Príncipe por mais de 24 horas, por não ter autorização dos militares norte-americanos.
A justificativa apresentada para a demora foi de que a movimentação no aeroporto estava “muito intensa”. Mas, segundo o encarregado de negócios da Rússia em Caracas, Vladimir Tokmakov, citado pela TASS, os voos do mesmo tipo vindo dos EUA e de países aliados dos norte-americanos não enfrentam o mesmo problema.
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