Terça-feira, 10 de junho de 2025
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A embaixadora dos Estados Unidos na Guiana, Nicole Theriot, afirmou nesta quinta-feira (22/05) que o país norte-americano pretende entregar “apoio militar direto” ao exército guianense para o que chamou de “proteção do território de Essequibo”.

O Essequibo é um território em disputa entre a Guiana e a Venezuela, e a declaração da embaixadora chega em momento controverso, já que acontece poucos dias das eleições regionais venezuelanas, marcadas para o próximo domingo (25/05).

Além da promessa de apoio militar a Georgetown, a diplomata estadunidense criticou Caracas por uma suposta operação militar realizada no rio Cuyuní.

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As palavras de Theriot estão em sintonia com as ameaças realizadas em março passado pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, quem disse que seu país “vai atuar se precisar defender a Guiana”.

Na ocasião, Rubio também advertiu a Venezuela a “evitar ações militares que coloquem em risco os interesses de empresas norte-americanas na região”.

Governo da Venezuela advertiu EUA sobre tentativa de intervir no processo eleitoral no país
Agência Venezuelana de Notícias

Reação venezuelana

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela respondeu a declaração de Theriot com um comunicado no qual qualificou as insinuações de Theriot e Rubio como “ataques de bandeira falsa” e observou que há presença militar guianense no rio Cuyuní, não venezuelana.

A Venezuela afirma que essa presença militar “viola o Acordo de Argyle assinado em dezembro passado”, em referência ao documento assinado por ambos os países no qual se comprometeram a evitar provocações na disputa pelo Essequibo.

Caracas também acusou Washington de promover uma “campanha internacional de desinformação” contra o país.

“Chama a atenção o fato de essas declarações acontecerem às vésperas de uma eleição decisiva para o futuro da Venezuela”, afirma o texto, que alertando que o país “não aceitará medidas que sirvam para minar a soberania venezuelana e dificultar o processo eleitoral”.