O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou nesta segunda-feira (03/08) o Exército norte-americano a realizar novos ataques aéreos na Síria para combater o Estado Islâmico, reportou The Wall Street Journal. A decisão tem como intuito defender grupos militantes sírios que lutam contra a organização extremista sunita e que já haviam sido treinados e equipados pelo Pentágono no passado.
EFE
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Segundo o veículo norte-americano, a medida foi tomada após um mês de debate acerca do papel das Forças Armadas dos EUA na Síria. Para muitos funcionários do Pentágono, há um profundo receio de que essa nova etapa de apoio às milícias sírias abra uma nova crise entre a administração Obama e o governo de Assad.
Apesar dessas novas normas, oficiais norte-americanos não acreditam que haja possibilidade de um confronto direto, em terra firme, pelo menos no curto prazo. Além disso, destacam, essas novas forças estarão comprometidas a lutar contra o Estado Islâmico, não contra as tropas leais a Assad, muito menos em áreas controladas pelo presidente sírio.
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Alistaur Baskey, porta-voz do Conselho para a Segurança Nacional da Casa Branca, não quis comentar as novas medidas de combate, mas frisou que a administração federal deixou claro que dará “os passos necessários para fazer com que essas forças conduzam com sucesso a sua missão”.
A medida vem poucos dias após a Turquia começar a bombardear o Estado Islâmico na Síria, bem como os curdos do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), com quem o governo turco tem um longo histórico de desavenças, no extremo norte do Iraque.
Além disso, presidente turco, Recep Erdogan, também autorizou que as forças norte-americanas utilizassem suas bases militares como quintal para atacar o grupo terrorista sunita. Esse acordo faz parte de esforços entre Ancara e Washington para criar uma “zona livre” de 100 km de extensão na fronteira entre a Turquia e a Síria contra o Estado Islâmico.
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