Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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Nesta terça-feira (03/06), a Marinha norte-americana recebeu ordens para renomear o navio de reabastecimento de óleo USNS Harvey Milk. O posto, da classe John Lewis, foi batizado em 2016 pelo então secretário da Marinha, Ray Mabus, em homenagem a importantes líderes dos direitos civis, como o veterano que se tornou político e ativista gay. Em 2021, outro navio também foi batizado com o nome de um veterano transgênero.

A iniciativa faz parte do projeto pelo qual o presidente Donald Trump busca eliminar referências à diversidade, equidade e inclusão (DEI) dentro das Forças Armadas.

A mudança de nome estava prevista para se tornar pública em 13 de junho, mas a próxima denominação ainda não foi oficialmente confirmada, segundo o portal Military.com.

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A frota também conta com navios homenageando o líder afro-americano dos direitos civis John Lewis, o ex-presidente da Suprema Corte Earl Warren, o ex-procurador-geral e senador dos Estados Unidos Robert F. Kennedy, além das ativistas pelos direitos das mulheres e abolicionistas Lucy Stone e Sojourner Truth.

Navio de reabastecimento de óleo em homenagem ao veterano político e ativista gay Harvey Milk
Navio de reabastecimento de óleo em homenagem ao veterano político e ativista gay Harvey Milk
Petty Officer / Wikimedia Commons

Os democratas criticaram a decisão, especialmente por ter ocorrido durante o mês do Orgulho. A ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, descreveu a medida como “uma renúncia a um valor americano fundamental: honrar o legado daqueles que trabalharam para construir um país melhor”.

“É uma possibilidade de eliminação vergonhosa e vingativa daqueles que lutaram para quebrar barreiras para que todos pudessem perseguir o sonho americano”, acrescentou a parlamentar.

Harvey Milk

Milk é considerado um ícone LGBTQIA+ por ter sido o primeiro político assumidamente gay eleito no estado da Califórnia. Serviu na Marinha dos Estados Unidos na década de 1950, antes de ser dispensado devido à sua orientação sexual.

Menos de um ano após ser eleito para o Conselho de Supervisores de São Francisco, em 1978, ele foi assassinado por um colega da mesma instituição, com quem havia se desentendido sobre políticas da cidade.

Com informações de RT e Military.com.