O governo de Donald Trump oficializou a retirada do embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, Francisco Palmieri, nesta segunda-feira (27/01), um dia após a crise que envolveu ambos os países relacionada à deportação de imigrantes colombianos que se encontravam em situação irregular no território norte-americano.
De acordo com o jornal local El Tiempo, o diplomata teria sido notificado a deixar o seu cargo na sexta-feira (24/01), antes da eclosão da crise diplomática e política entre os governos da Colômbia e dos EUA. Segundo o veículo, o Departamento de Estado norte-americano teria ordenado “que Palmieri retornasse a Washington quando a situação entre as duas nações não tinha escalado a essa magnitude”.
Francisco Palmieri é membro de carreira do Serviço Diplomático Superior. Desde junho de 2022, foi nomeado chefe da área de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Bogotá.
Agora, o substituto oficial será John McNamara, um oficial de alto escalão do Serviço de Relações Exteriores que atuou como cônsul-geral em Curaçao. Ao longo de sua carreira, ele ocupou cargos de destaque, incluindo como Diretor Adjunto de Missão e Encarregado de Negócios na embaixada norte-americana em Lima.

O governo Trump anunciou a retirada do embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, Francisco Palmieri, um dia após a crise que envolveu ambos os países relacionada à deportação de imigrantes colombianos
‘À beira de uma situação muito crítica’
Minutos depois do anúncio da retirada de Palmieri, à rádio colombiana Blu Radio, o embaixador da Colômbia nos Estados Unidos, Daniel García Peña, declarou que a crise diplomática com Washington, que foi interrompida na noite de domingo (26/01), estava tomando proporções e que uma “guerra comercial” teria sido terrível para as duas nações.
“Não chegamos a isso (de romper relações), mas estávamos à beira de uma situação muito crítica. A guerra comercial e a ameaça de tarifas teriam sido terríveis não apenas para a Colômbia, mas também para os Estados Unidos”, disse o representante.
Após a superação do impasse entre Colômbia e EUA, Peña disse que aviões colombianos já foram enviados aos Estados Unidos para buscar os cidadãos, conforme os compromissos estabelecidos no acordo com Washington.
“Os direitos têm que ser respeitados quando eles entram no avião”, disse o diplomata e explicou que entre eles está o fato de que cada um dos deportados tem “seus documentos, que nossos cônsules podem estar presentes para que seus direitos possam ser garantidos”.