Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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Entrou em vigor nesta quarta-feira (04/06) a nova tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra as importações de aço e alumínio do mundo inteiro, com exceção do Reino Unido. De acordo com o republicano, trata-se de uma medida que tem como objetivo reviver a indústria norte-americana ao estimular a produção siderúrgica nacional.

Entretanto, as tarifas, que foram dobradas pela Casa Branca, escalam as tensões com os principais parceiros comerciais dos EUA, incluindo a União Europeia e o Brasil, o segundo maior exportador de aço para o país. Canadá e México ocupam o primeiro e o terceiro lugar, respectivamente, em volumes de remessa de aço para os EUA.

“Se outros países podem usar as tarifas contra nós, e nós não temos permissão para combatê-los, nosso país não tem a menor chance de sobrevivência econômica”, escreveu Trump na plataforma Truth Social.

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Na terça-feira (03/06), o magnata assinou uma ordem executiva formalizando a medida que aumenta as tarifas sobre as importações de aço e alumínio de 25% para 50%. Segundo o documento, a decisão prevê combater “de forma mais eficaz os países estrangeiros que continuam a descarregar aço e alumínio de baixo preço e excedente no mercado dos Estados Unidos e, assim, minar a competitividade das indústrias de aço e alumínio dos Estados Unidos”.

O Reino Unido foi o único a escapar do novo tarifaço por causa de um acordo preliminar firmado com Washington, no mês passado, que prevê a supressão das alíquotas sobre o aço e o alumínio, embora o pacto ainda não tenha entrado em vigor. Para o país, a taxa de importação sobre tais recursos permanecerá em 25% até pelo menos 9 de julho.

Vale ressaltar que cerca de um quarto de todo o aço usado nos EUA é importado. As taxas iniciais de 25% sobre todas as importações desta categoria no país estavam de pé desde 12 de março.

Governo Trump dobra tarifas sobre aço e alumínio a partir desta quarta-feira (04/06)
RS/Fotos Públicas

Reação

O gabinete do primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, declarou que o país estava “envolvido em negociações intensivas e ao vivo para remover essas e outras tarifas”.

Já o ministro da Economia do México, Marcelo Ebrard, rechaçou a medida e considerou que as novas tarifas são insustentáveis e injustas, especialmente porque o país realiza mais importações de aço dos EUA em comparação ao volume de exportações.

“Não faz sentido para os Estados Unidos cobrar uma tarifa sobre um produto no qual você tem um excedente”, disse, acrescentando que o México buscaria ainda nesta semana uma isenção do aumento.

(*) Com Ansa