O agora único pré-candidato do Partido Republicano à Presidência dos EUA partiu em defesa do banco de investimentos JPMorgan Chase & Co alegando que as suspeitas de fraudes financeiros levantadas pelo Federal Reserve nada mais são do que meramente “riscos da economia de livre mercado”.
Em entrevista à emissora norte-americana NBC nesta terça-feira (15/05), Eric Fehrnstrom, principal assessor de Mitt Romney, disse que o pré-candidato é favorável a um certo nível de regulação sobre a economia do país mas que, ao mesmo tempo, não concorda que regras sobre Wall Street, o coração financeiro do planeta, desestimule investimentos.
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Nas palavras de seu assessor, Romney, político que trabalhou a vida inteira dentro do mercado financeiro e já foi responsável pela administração de quatro bilhões de dólares em ativos de clientes da corretora BainCapital, se opõe à “punição de companhias” já que “não havia dinheiro de contribuintes em risco”.
Um dia após o JPMorgan anunciar a demissão de sua chefe de investimentos e de o atual presidente e candidato à reeleição Barack Obama defender novamente uma reforma do sistema financeiro e fiscal dos EUA, o principal nome da campanha de Romney argumentou “todos os prejuízos acabaram nas mãos dos investidores” e que “é dessa forma que funciona o mercado público”.
Frente à crise da contabilidade e da credibilidade do maior banco de investimentos do mundo, até mesmo o presidente do Federal Reserve, Timothy Geithner, partiu em defesa de profundas reformas de Wall Street. Em uma conferência em Washington, disse que “a falha na administração de ativos de risco representa um caso muito poderoso em favor de uma reforma financeira”.
Mas Fehrnstrom insiste: “Mitt Romney não está defendendo ausência de regulação mas sim regras racionais e não incômodas” para as grandes corporações norte-americanas.