O ex-deputado colombiano e ex-refém das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) Sigifredo López foi preso por seu suposto envolvimento na morte de 11 parlamentares que também haviam sido sequestrados pelo grupo.
De acordo com informações da rádio colombiana Caracol, autoridades revelaram que López foi preso com base em interceptações telefônicas em que o ex-deputado fala abertamente sobre seu papel no sequestro dos colegas, além de dados coletados a partir de cartões de memória encontrados em um acampamento de guerrilheiros que foi invadido pelo Exército colombiano.
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Em 11 de abril de 2002, López, então deputado do Valle del Cauca, foi seqüestrado juntamente com outros onze políticos, que foram todos mortos em um confronto da guerrilha com o Exército colombiano, em junho de 2007, enquanto ele foi salvo, aparentemente por ter sido enviado a outro acampamento na ocasião.
Enquanto esteve como refém, o ex-deputado criticou as operações coordenadas pelo governo de Álvaro Uribe (2002-2010) na luta contra a guerrilha e pediu publicamente um “acordo humanitário” como solução para a “tragédia dos seqüestrados”.
Ele foi libertado em fevereiro de 2009, após uma negociação da qual participou o governo brasileiro e uma comissão ligada à Cruz Vermelha.
A prisão de Lopes, que é considerado um herói colombiano da luta contra os sequestros promovidos pelas FARC, causou uma grande polêmica no país.