O general Ahmed Shafiq, até agora ministro de Aviação Civil, recebeu neste sábado (29/01) a missão de formar um novo governo no Egito, informou a televisão pública.
Shafiq substitui no cargo Ahmed Nazif, que apresentou sua renúncia a pedido do presidente Hosni Mubarak.
Já o chefe dos serviços de Inteligência do Egito, general Omar Suleiman, tomou posse neste sábado como novo vice-presidente do país, cargo que estava vacante desde que o líder Hosni Mubarak assumiu o poder em 1981.
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A televisão mostrou imagens em que Suleiman jurava o cargo, em frente a Mubarak, que mostrava sinais de cansaço.
Os decretos de nomeação de Shafiq e de Suleiman ocorrem em um momento de profunda instabilidade política no Egito. Mubarak, de 82 anos, está acossado por uma revolta popular desde terça-feira passada.
Mubarak, que até 1981 foi vice-presidente do líder assassinado Anwar el-Sadat, tinha deixado o cargo vacante quando assumiu a Presidência, o que poderia representar riscos constitucionais em caso de renúncia ou morte do chefe de Estado.
A designação de Shafiq e de Suleiman neste sábado ocorre cinco dias depois de os cidadãos se lançarem às ruas para reivindicar reformas políticas e a renúncia de Mubarak.
“Juro preservar o regime democrático republicano e a Constituição, os interesses do povo, a estabilidade da pátria e a integridade territorial”, afirmou Suleiman, cujo juramento foi retransmitido pela televisão pública.
Suleiman era um dos possíveis candidatos à sucessão de Mubarak, de quem era um de seus principais assistentes.
Outro dos favoritos era o filho mais novo de Mubarak, Gamal, mas esta herança do poder ficou praticamente descartada a partir das revoltas políticas que eclodiram na terça-feira, segundo os analistas.
O general Suleiman exerceu um papel-chave em importantes gestões do governo do Cairo, como a reconciliação interpalestina e as gestões para libertar o soldado israelense Gilat Shalit, aprisionado por grupos palestinos em Gaza.
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