Segunda-feira, 23 de junho de 2025
APOIE
Menu

O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert foi absolvido das principais acusações de corrupção que enfrentava, mas foi condenado por uma acusação menor, de quebra de confiança. O veredicto, emitido nesta terça-feira (10/07), foi relativamente favorável ao político, que renunciou em 2009 para se defender de acusações que incluíam o recebimento de envelopes cheios de dinheiro e o embolso de lucros em um esquema de reembolso duplo de viagens internacionais.

Efe

Olmert comemora o resultado judicial com a ex-chefe de gabinete Shukla Zaken em tribunal de Jerusalém

Olmert foi declarado culpado de dar empregos e contratos para clientes de Uri Messer, um colaborador próximo, quando era ministro da Indústria e Comércio. A sentença ainda não foi divulgada, mas Olmert pode pegar meses de prisão ou ser obrigado a prestar serviços comunitários, além de estar enfrentando julgamento em um caso de suborno.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

“Não existiu corrupção. Não existiu obtenção de dinheiro. Não existiu uso de dinheiro. Não existiram envelopes com dinheiro. Não existe nada do que eles tentaram atribuir a mim”, disse um desafiador Olmert para jornalistas, afirmando que a única condenação deve-se meramente um “lapso de procedimento”, do qual ele já teria aprendido a lição.

Acusações

Eram três as acusações contra o ex-premiê. No caso do “Centro de investimentos”, a Justiça decidiu que o ex-primeiro-ministro é culpado apenas de abuso de confiança, apesar de a Promotoria também acusá-lo de conflito de interesses e fraude, ao entender que concedeu favores e usou seu cargo para beneficiar Messer.

No caso “Rishon Tours”, a Promotoria acusava tanto ele como sua assistente pessoal e chefe de birô, Shukla Zaken, de terem apresentado faturas duplicadas e triplicadas a diferentes organismos e instituições israelenses pelas despesas de deslocamentos ao exterior entre 1993 e 2003, quando Olmert foi prefeito de Jerusalém e ministro da Indústria. A acusação tentou demonstrar que a agência de viagens Rishon duplicava as faturas de bilhetes e reservas de hotel, o que gerava lucros que eram depositados em uma conta privada em nome do ex-primeiro-ministro.

Embora Olmert tenha sido inocentado das acusações, o tribunal declarou Zaken culpado de fraude, abuso de confiança e obtenção de lucros de forma fraudulenta.

No “Assunto Talansky”, do qual Olmert também foi inocentado, estava envolvido o empresário norte-americano Morris Talanksy, que durante um interrogatório policial reconheceu ter entregado ao político israelense envelopes com quantias em dinheiro durante uma década. De acordo com a Promotoria, as somas, que chegariam a US$ 600 mil, não foram declaradas à Fazenda e eram utilizadas para financiar as atividades de seu partido, o Kadima. 

Ehud Olmert foi condenado por "quebra de confiança" e pode pegar poucos meses de detenção

NULL

NULL