Os ex-presidentes colombianos Álvaro Uribe e Iván Duque pediram neste sábado (11/01) uma intervenção internacional na Venezuela para derrubar o governo do presidente Nicolás Maduro, que tomou posse na sexta-feira (10/01) para o terceiro mandato.
“Nós pedimos uma intervenção internacional, preferencialmente respaldada pelas Nações Unidas, que remova esses tiranos do poder e convoque imediatamente eleições livres”, afirmou Uribe em um ato anti-Maduro na cidade de Cúcuta.
A posição dos ex-mandatários já foi denunciada por Caracas, que fala em uma “conspiração internacional”. Esse foi um dos motivos pelo qual o país fechou as fronteiras com a Colômbia e suspendeu os voos na sexta até segunda-feira (13/01).
Em março de 2024, Maduro já havia acusado Uribe de planejar “ataques terroristas” contra a Venezuela. À época, o presidente venezuelano disse que os planos estavam sendo articulados com paramilitares para serem realizados na fronteira com a Colômbia.
Conspiracionistas
O Centro Democrático, partido de extrema direita dos ex-presidentes, convocou para este sábado um ato para respaldar a oposição venezuelana, liderada por María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, que não acataram o resultado da eleição de 28 de julho que deu vitória a Maduro.
Em Cúcuta, que faz fronteira com a Venezuela, Uribe disse que defendem uma intervenção militar internacional apelando para que as Forças Armadas do país vizinho acatassem o pedido também.
O ex-presidente, que é acusado pela Justiça colombiana de fraude e suborno em processos penais, citou o ministro do Interior de Caracas, Diosdado Cabello, ao afirmar que defendem “uma intervenção militar internacional, com o Exército venezuelano, para desalojar a ditadura”.
Por sua vez, Duque falou em uma “intervenção humanitária” na Venezuela, dizendo que Urrutia seria o “presidente legítimo” da Venezuela e que ele deveria “convocar a comunidade internacional, especialmente os países do sistema interamericano, assim como outros países comprometidos com a democracia, para que promovam uma intervenção humanitária na Venezuela”.
Personas non grata
Na semana passada, a Assembleia Nacional venezuelana declarou personas non gratas nove ex-presidentes latino-americanos que manifestaram intenção de ir ao país durante a posse de Maduro.
Os políticos são integrantes do grupo Idea (Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas) e são líderes conservadores globais.
(*) Com Brasil 247.