Expulso por apoiar rebeldes, embaixador líbio deixa o Zimbábue

O embaixador da Líbia em Harare, Taher Elmagrahi, que na última terça-feira (31/08) recebeu do governo do Zimbábue 72 horas para deixar o país por apoiar os rebeldes líbios, cumpriu nesta sexta-feira (02/09) com o prazo e saiu do território zimbabuano, informou a rádio local ZBC.

Elmagrahi teve que se transferir para a vizinha Botsuana, depois de não ter podido tomar um voo devido à greve de pilotos mantida na companhia aérea nacional do Zimbábue.

Leia mais:

Líbia tem dez vezes mais armas nas mãos da população do que o Iraque em 2003, calcula ONG

Rebeldes preparam cerco em Sirte, cidade natal de Kadafi 

Denúncias alertam para desaparecimentos e execuções por rebeldes e forças pró-Kadafi 

Inspirado em Che Guevara, argentino luta ao lado de rebeldes líbios e critica OTAN 

Após ofensiva militar da OTAN, começa a corrida pelas riquezas da Líbia 

Cronologia do conflito na Líbia: de revoltas à intervenção militar estrangeira 

O ministro de Exteriores zimbabuano, Simbarashe Mumbengegwi, deu na terça-feira  passada três dias para Elmagrahi para abandonar o país por reconhecer o CNT (Conselho Nacional de Transição) como nova autoridade legítima da Líbia.

O diplomata chegou a retirar de sua embaixada a bandeira verde do regime de Kadafi e colocou a tricolor vermelha, preta e verde dos rebeldes.

“Essa ação representa os desejos da maioria do povo líbio e a mudança que elegeu e que representa o CNT”, declarou Elmagrahi. No entanto, essa mudança de lealdade foi criticada pelo governo do Zimbábue, que, em linha com a política da UA (União Africana), não reconhece o Conselho.

Siga o Opera Mundi no Twitter

Conheça nossa página no Facebook

NULL