As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) afirmaram na noite deste sábado (05/11) que a morte de seu principal comandante, Alfonso Cano, que irão continuar com a luta armada, recusando a ordem de desmobilização feita em pronunciamento pelo presidente do país, Juan Manuel Santos. Segundo o mandatário, os guerrilheiros que não largarem as armas “terminarão ou em uma prisão ou no túmulo”.
“A paz na Colômbia não nascerá de nenhuma desmobilização guerrilheira, mas da abolição definitiva das causas que deram nascimento à revolta”, notificou o Secretariado ou comando central rebelde em comunicado divulgado no seu site na internet.
“Há uma política traçada e essa é a que se continuará”, disse a hierarquia do grupo, formada por sete comandantes.
Cano, antropólogo de 60 anos e com quase quatro décadas de trajetória rebelde, sucedeu o fundador e até então único comando máximo das FARC, “Manuel Marulanda Vélez” ou “Tirofijo”, apelido de Pedro Antonio Marín, que morreu quase octogenário, de uma crise cardíaca.
Segundo o comando rebelde, “não será esta a primeira vez que os oprimidos e explorados da Colômbia choram um de seus grandes dirigentes. Nem a primeira em que o substituirão com a coragem e a convicção absoluta na vitória”.
“A única realidade que simboliza a queda em combate do camarada Alfonso Cano é a imortal resistência do povo colombiano, que prefere morrer antes que viver de joelhos mendigando”, disse o Secretariado.
“Com o líder rebelde caiu o mais fervente convencido da necessidade da solução política e da paz na Colômbia”, continuou o comando das FARC, organização que partiu para a luta armada em 1964.
“Cano” morreu na sexta-feira à noite em uma área montanhosa do departamento sudoeste de Cauca, encurralado pelas forças de segurança, mediante uma gigantesca operação por terra e ar.
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