O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, não é mais o líder do Partido Comunista, de acordo com imprensa local. Em encontro com estudantes realizado nesta quinta-feira (18/11), em Havana, Fidel disse que “não está em condições” de continuar ocupando a direção do Partido.
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“Fiquei doente e fiz o que devia fazer: deleguei minhas atribuições. Não posso fazer algo que não estou em condições de me dedicar todo o tempo”, disse Fidel, segundo o jornal oficial Granma.
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Em 2008, Fidel renunciou à presidência por questões de saúde, mas se manteve influente no governo de seu irmão, o atual presidente Raúl Castro, e no cargo de primeiro-secretário do governista Partido Comunista. Apesar disso, durante este período evitou declarações sobre assuntos internos da ilha, o que gerou especulações de que Fidel estaria descontente com o governo do irmão que em 2010 tomou medidas inéditas como a eliminação de um milhão de empregos do Estado e a expansão das empresas privadas.
Em julho, porém, Fidel reapareceu na cena pública, concentrando-se principalmente em questões internacionais, o que alimentou as especulações sobre o possível desacordo com o irmão.
Na reunião com os estudantes, questionado sobre a atual situação da ilha, o ex-presidente disse que estava “satisfeito, porque o país está a trabalhar, apesar de todos os desafios”, segundo site CubaDebate.
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No início do mês, o desafio de modernizar a economia sem comprometer o socialismo fez Raúl convocar uma reunião do Partido Comunista para abril do ano que vem. O objetivo é discutir para o futuro econômico e social da ilha e aprovar um novo plano de reformas. Este será o primeiro congresso do partido em 13 anos.
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