O desempenho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no primeiro debate presidencial para as eleições de 2024, gerou “profundo constrangimento” entre os principais financiadores do Partido Democrata, e fez com que alguns deles iniciassem pressões para que a legenda o substitua por outro candidato.
Quem afirma isso é o diário norte-americano The New York Times (NYT), em matéria publicada neste sábado (29/06), na qual os jornalistas Theodore Schleifer, Kenneth P. Vogel e Shane Goldmacher trazem declarações de grandes empresários que estão entre os principais doadores da campanha democrata.
Alguns dos empresários em questão não tiveram seus nomes revelados, mas a reportagem assegura que há “um grupo de megadoadores do Vale do Sicílio (empresas de tecnologia) que descreveu a situação como uma ‘possível catástrofe eleitoral’, e que tenta negociar com a primeira-dama Jill Biden e outras figuras próximas ao presidente, com o objetivo de convencê-lo a desistir”.
A matéria diz que ao menos dois empresários desse grupo ameaçaram cortar suas doações à campanha democrata se Biden continuar sendo o candidato do partido.
Também houve empresários que aceitaram revelar suas identidades, como o magnata Reid Hoffman, um dos contribuidores mais influentes do partido governista norte-americano.
“Sem dúvida, o desempenho de Biden nesta quinta-feira (27/06) foi um golpe no humor dos doadores e organizadores. Nas últimas 24 horas, recebi muitas mensagens perguntando se deveria haver uma campanha pública para pressionar Biden a se retirar”, reconheceu Hoffman.
De acordo com o NYT, a possibilidade de o Partido Democrata ter uma menor arrecadação na fase decisiva da campanha é agravada pelo fato de que, aparentemente, o Partido Republicano, seu histórico adversário, teria percebido um aumento em suas doações.
O fenômeno, segundo a matéria, já vinha sendo observado antes mesmo da condenação que Donald Trump sofreu na Justiça de Nova York, em maio passado, mas se incrementou após a sentença que considerou o ex-presidente culpado dos crimes de extorsão e falsificação de documentos.
Com informações do The New York Times.