O FMI (Fundo Monetário Internacional), que negocia há meses assistência financeira ao Egito, informou nesta quinta-feira (11/07) que não teve contato com os membros do novo governo, desde que o presidente Mohamed Mursi foi deposto pelos militares. “Não estivemos em contato com o governo interino”, disse o porta-voz do FMI, Gerry Rice. Segundo ele, tem havido conversações em “nível técnico” com autoridades egípcias.
O afastamento de Mursi do poder, no último dia 03, deu início a um novo período de violência e instabilidade no Egito, mais de dois anos após a queda do regime de Hosni Mubarak. Na terça-feira (09), foi nomeado um novo primeiro-ministro, Hazem Beblawi, que tenta formar um governo de transição, num clima de tensão.
“Continuamos a acompanhar de perto a evolução da situação e avaliamos as implicações na ação do FMI para ajudar o Egito a resolver seus graves problemas econômicos”, ressaltou o porta-voz da instituição.
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No final do ano passado, o Fundo Monetário e o Egito tinham chegado a um acordo para um empréstimo de US$ 4,8 mil milhões, mas este acabou por nunca se concretizar devido à instabilidade no país.
O porta-voz do FMI recusou-se a comentar a ajuda global de US$ 12 mil milhões que a Arábia Saudita, o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos prometeram ao Egito.