O presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, adiou a formação do novo governo para quinta-feira (27/02), após os pedidos para que se inclua na futura coalizão os líderes dos protestos que depuseram Viktor Yanukovich.
“Na quinta-feira o novo governo de união nacional deve ser votado”, anunciou nesta terça-feira (25/02) Turchinov, que também foi nomeado chefe da Rada Suprema (Legislativo), durante uma sessão no Parlamento.
Turchinov advertiu que o país se encontra à beira da falência e disse que os diferentes grupos apresentados na Câmara “devem trabalhar dia e noite”.
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O líder do principal partido do país, Batkivschina (Pátria), Arseni Yatseniuk, destacou a importância do Executivo se formar com urgência, mas “não nos bastidores” e sim de maneira transparente. “Não devem pensar em índices de popularidade ou em atividades políticas, mas só em uma coisa: como tirar o país do buraco econômico”, disse.
Além disso, defendeu que os líderes do Maidan, bastião dos protestos antigovernamentais desde 21 de novembro, sejam chamados para o governo.
O Maidan, por sua vez, emitiu um comunicado indicando suas condições que cada candidato deve cumprir para participar do governo, entre as quais não ter ocupado nenhum cargo público desde 2010, quando o presidente deposto Viktor Yanukovich assumiu o poder.
Também não podem entrar no Executivo cidadãos que estejam na lista dos cem homens mais ricos do país. Além disso, não podem estar envolvidos em violações dos direitos humanos e em casos de corrupção.
“Verificaremos se todos os candidatos cumprem com estes requisitos. Cada um dos membros do governo deve contar com a aprovação do Maidan”, afirmou em uma declaração o Kolo (círculo) do Maidan, que agrupa diversos grupos e organizações sociais.
Segundo o Maidan, os membros do governo de união nacional devem ser “reconhecidos profissionais de impecável reputação e não funcionários de partido”.
Eleições
Ainda nesta terça-feira, o ex-boxeador Vitali Klitschko anunciou sua candidatura às eleições presidenciais convocadas para 25 de maio. “Me apresentarei ao cargo de presidente da Ucrânia, já que estou firmemente convencido de que na Ucrânia é preciso mudar as regras de jogo. Deve haver justiça. Tenho certeza de que isto é possível”, disse Klitschko.
Agência Efe
Ex-boxeador Klitschko com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton
A campanha para as eleições começou hoje, com a dúvida se a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, libertada da prisão no sábado passado, irá concorrer.
(*) Com Agência Efe
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