Terça-feira, 8 de julho de 2025
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Fósseis de uma dezena de espécies de animais extintos há mais de 10 mil anos foram localizados no Uruguai, em achado considerado de “muita importância” para tentar determinar a relação destas com o homem, informaram nesta sexta-feira (26/04) cientistas uruguaios.

O material foi encontrado pelo pesquisador autodidata Federico López, durante a última década na bacia do rio Santa Lúcia, próximo a Montevidéu.

López localizou os “fósseis de uma dezena de mamíferos extintos”, que após serem submetidos a teste com carbono 14, se chegou a conclusão que têm cerca de 10 mil anos de existência, disse à Agência Efe, o doutor em paleontologia Martín Ubilla, da Faculdade de Ciências do Uruguai.

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Entre os fósseis descobertos há mandíbulas de gliptodontes, dentes de toxodontes, um animal parecido com hipopótamos, e fragmentos de mandíbulas de macrauchenias, similares aos atuais camelos. Também foram localizados os restos de dois tipos diferentes de cavalos, duas espécies gigantes de preguiças e de cervos.

Animais viveram no atual território há até "poucos milhares de anos", segundo especialista

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Ubilla, que liderou os trabalhos de classificação dos restos, afirmou que a importância do achado é pela confirmação de que os animais viveram no que hoje é o Uruguai há “poucos milhares de anos”.

“Nos revela até quando sobreviveram e abre uma incógnita sobre sua possível relação com o homem”, explicou o cientista.

Em seus trabalhos de campo, López localizou outros elementos arqueológicos que “poderiam vincular” algumas dessas espécies de animais extintos com o homem, no que seria “outro campo de estudo”, segundo Ubilla.

Nas suas pesquisas, López encontrou também uma pedra trabalhada à mão, com forma de disco, que presumivelmente, pertenceu aos primeiros grupos humanos que ocuparam o território onde hoje está o Uruguai, denominados paleoíndios.

Em declarações ao jornal uruguaio El País, publicadas nesta sexta-feira, López se disse convencido de que houve relação entre as espécies extintas e o homem: “pelo menos habitaram em uma mesma época e em um mesmo contexto”, explicou.

O pesquisador considerou “relevante” que vários dos ossos localizados, tenham marcas que poderiam ser de cortes feitos pelo homem para se alimentar.