A França irá criar, até ao final de 2017 e em todas as regiões do país, centros de reinserção de “pessoas radicais”, para impedir que se envolvam com grupos terroristas. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (09/05) pelo primeiro-ministro francês, Manuel Valls.
“A luta contra o ‘jihadismo’ é sem dúvida o grande desafio da nossa geração”, disse Manuel Valls, em entrevista de imprensa conjunta com vários ministros, incluindo os do Interior e da Justiça.
Agência Efe
França intensificou medidas anti-terrorismo após ataques em Paris
O plano custará cerca de 40 milhões de euros (aproximadamente R$ 160 milhões) adicionais, além da verba já disponbilizada pelo governo, e o primeiro dos 12 centros deve ser aberto ainda neste ano, disse Valls. Segundo ele, o objetivo dos centros é aumentar os esforços direcionados a ajudar pessoas que já fazem parte de grupos jihadistas e aquelas propensas a se juntarem a essas redes.
De acordo com o jornal Le Parisien, as autoridades da França, onde em 2015 atentados terroristas deixaram 147 mortos e centenas de feridos, consideram quase 10 mil pessoas como “radicais” e capazes de ações violentas.
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As novas medidas antiterroristas incluem ainda uma checagem de pessoas com empregos considerados sensíveis à segurança da população, como funcionários de aeroportos. Este controle será ampliado “para a preparação de grandes acontecimentos”, como o campeonato europeu de futebol, que acontece em junho.
O governo prevê também a divulgação de uma “poderosa campanha” para “contrariar a propaganda ‘jihadista’ e salafista e quebrar este sistema de recrutamento em grande escala”.
Também está prevista a criação de um “conselho científico permanente” sobre radicalização e terrorismo, capaz de coordenar uma rede de investigação e de reforçar a ligação entre investigadores e agentes da luta contra o terrorismo.
Por fim, o governo francês pretende ser o primeiro da Europa ocidental a aplicar plenamente o recém-aprovado registro europeu de passageiros aéreos – PNR, “Passenger Name Record” -, que registra, não apenas as informações dos passageiros, mas seu itinierário e dados detalhados dos voos que pegou.
*com Agência Brasil
