Organizações de direitos humanos, manifestantes individuais e as Avós de Praça de Maio denunciarão nesta segunda-feira (14/05) a fuga do repressor Juan Miguel Wolk, processado por crimes de lesa humanidade cometidos durante a última ditadura militar argentina.
O repúdio será manifestado em uma coletiva de imprensa convocada para as escadarias dos tribunais federais da cidade de La Plata, capital da província de Buenos Aires, na qual se exigirá também a resolução desta situação.
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Wolk, ex-inspetor da Polícia de Buenos Aires, foi chefe do centro clandestino de detenção conhecido como Poço de Banfield e é acusado do sequestro de crianças, privação ilegal de liberdade e tormentos infligidos a mais de 300 vítimas.
Apesar de estar acusado desde o início desta causa, o repressor não foi encontrado até 2008, quando a irmã de uma das vítimas denunciou seu domicílio em Mar Del Plata, explicaram as Avós da Praça de Maio em um comunicado.
Só um ano depois, o juiz Arnaldo Corazza ordenou sua detenção que, no entanto, nunca se fez efetiva. Dessa forma, foi concedida prisão domiciliar ao acusado.
Em abril deste ano a Suprema Corte de Justiça reforçou a resolução pela qual sua prisão deveria se efetivar e foi então que o réu escapou, indica o texto, que também denuncia a lista de impunidades que resultou na fuga do genocida.
Avós da Praça de Maio é uma organização não governamental que tem como finalidade localizar e restituir a suas legítimas famílias todas as crianças sequestradas e desaparecidas pela repressão política da última ditadura militar argentina.
Além disso, busca criar as condições para que nunca mais se repita tais violações dos direitos das crianças, exigindo castigo a todos os responsáveis.