Fuzileiros brasileiros participam de exercício militar da OTAN
Pelotão com 13 soldados da Marinha, incluindo uma mulher, participará pela primeira vez da atividade, que será liderada pela França
Fuzileiros navais da Marinha do Brasil estão participando, pela primeira vez, de um exercício militar envolvendo países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O pelotão composto por 13 soldados, incluindo uma mulher, compõe a Operação Catamaran, liderada pela França.
O desembarque dos soldados foi realizado nesta quinta (12/06) na cidade de Lorient, região da costa oeste francesa. O treinamento também conta com a presença de militares oriundo da Espanha, Itália, Alemanha, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos.
O anúncio oficial já havia sido publicado em maio pela agência de notícias do Governo Federal. O convite de integração foi feito pela França, país com o qual o Brasil mantém uma parceria estratégica militar desde 2008, ano em que foi criado o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).
De acordo com o Capitão de Corveta (Fuzileiro Naval) Alves Campos, que está na França desde o dia 19 de maio e atuará no Estado-Maior da Força de Desembarque, a participação da Marinha do Brasil em cenários desafiadores representa um marco importante para o país.
“Operar junto com marinhas de primeiro mundo e poder trabalhar nesses ambientes diferenciados é sempre uma ótima oportunidade para o preparo dos nossos militares. Eu participei do exercício de planejamento naval, no qual planejamos essa missão. Por isso, vim e embarquei antes do restante do pelotão”, afirmou

Delegação brasileira que participará do exercício da OTAN estará composta por 13 integrantes do Corpo de Fuzileiros Navais
Marinha do Brasil / X
Presença feminina
O segundo-tenente Vinícius Saldanha, comandante do pelotão, declarou que entre os 13 integrantes, três são oficiais – dois deles vão integrar o Núcleo de Comando, incluindo o capitão de corveta Alves Campos – e dez são soldados
“Todos os integrantes que compõem a equipe foram escolhidos por mérito dentro de suas unidades, em condições iguais”, disse Saldanha, destacando a presença de uma mulher entre os militares.
Para Camila Aguiar, combatente da Marinha que também assumirá o papel de porta-voz do grupo, essa representa uma oportunidade ímpar. “É uma honra e uma responsabilidade muito grande poder representar o Corpo de Fuzileiros Navais em uma missão internacional, ainda mais sendo escolhida entre tantas bravas combatentes da primeira turma de mulheres Soldados Fuzileiros Navais”, declarou.
A equipe brasileira tem se preparado desde o final de março, participando de palestras e treinamentos conjuntos. De acordo com o Corpo de Fuzileiros Navais, a Operação Catamaran simboliza “a inserção estratégica do Brasil em ambientes operacionais cada vez mais desafiadores”, fortalecendo ainda a integração e o espírito de equipe entre militares.
Com informações de RT.