Terça-feira, 15 de julho de 2025
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Fuzileiros navais da Marinha do Brasil estão participando, pela primeira vez, de um exercício militar envolvendo países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O pelotão composto por 13 soldados, incluindo uma mulher, compõe a Operação Catamaran, liderada pela França.

O desembarque dos soldados foi realizado nesta quinta (12/06) na cidade de Lorient, região da costa oeste francesa. O treinamento também conta com a presença de militares oriundo da Espanha, Itália, Alemanha, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos.

O anúncio oficial já havia sido publicado em maio pela agência de notícias do Governo Federal. O convite de integração foi feito pela França, país com o qual o Brasil mantém uma parceria estratégica militar desde 2008, ano em que foi criado o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).

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De acordo com o Capitão de Corveta (Fuzileiro Naval) Alves Campos, que está na França desde o dia 19 de maio e atuará no Estado-Maior da Força de Desembarque, a participação da Marinha do Brasil em cenários desafiadores representa um marco importante para o país.

“Operar junto com marinhas de primeiro mundo e poder trabalhar nesses ambientes diferenciados é sempre uma ótima oportunidade para o preparo dos nossos militares. Eu participei do exercício de planejamento naval, no qual planejamos essa missão. Por isso, vim e embarquei antes do restante do pelotão”, afirmou

Delegação brasileira que participará do exercício da OTAN estará composta por 13 integrantes do Corpo de Fuzileiros Navais
Marinha do Brasil / X

Presença feminina

O segundo-tenente Vinícius Saldanha, comandante do pelotão, declarou que entre os 13 integrantes, três são oficiais – dois deles vão integrar o Núcleo de Comando, incluindo o capitão de corveta Alves Campos – e dez são soldados

“Todos os integrantes que compõem a equipe foram escolhidos por mérito dentro de suas unidades, em condições iguais”, disse Saldanha, destacando a presença de uma mulher entre os militares.

Para Camila Aguiar, combatente da Marinha que também assumirá o papel de porta-voz do grupo, essa representa uma oportunidade ímpar. “É uma honra e uma responsabilidade muito grande poder representar o Corpo de Fuzileiros Navais em uma missão internacional, ainda mais sendo escolhida entre tantas bravas combatentes da primeira turma de mulheres Soldados Fuzileiros Navais”, declarou.

A equipe brasileira tem se preparado desde o final de março, participando de palestras e treinamentos conjuntos. De acordo com o Corpo de Fuzileiros Navais, a Operação Catamaran simboliza “a inserção estratégica do Brasil em ambientes operacionais cada vez mais desafiadores”, fortalecendo ainda a integração e o espírito de equipe entre militares.

Com informações de RT.