G20 tem pré-reunião com debates 'acalorados' e sem consenso
G20 tem pré-reunião com debates 'acalorados' e sem consenso
Os negociadores do G20 não conseguiram progredir nas primeiras discussões sobre as medidas que as principais forças econômicas do mundo precisam tomar para sustentar a recuperação econômica global, incluindo o debate sobre a guerra cambial. A cúpula das principais potências industrializadas e emergentes começa na quinta-feira (11/11) em Seul.
Os negociadores de cada país trabalham para pactuar um texto que possa ser aprovado na sexta-feira (12/11) pelos chefes de Estado e de Governo, mas estão longe de alcançar um acordo, apesar dos debates.
“O debate está sendo tão acalorado que quando entrei na sala onde estavam reunidos, tive que deixar a porta aberta”, disse à imprensa um dos porta-vozes da cúpula, Kim Yoon-Kyung. “Cada país tem sua posição, e por enquanto não querem ceder”, afirmou Kim.
Deverá haver outra reunião nesta quarta-feira (10/11), mas por enquanto a falta de acordo sobre temas como a desvalorização de divisas, a expansão monetária dos Estados Unidos e a brecha que existe entre o superávit dos emergentes e o déficit dos mais ricos, deixou “espaços em branco” na minuta do comunicado final da cúpula.
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Outros temas
No entanto, existem outros temas nos quais há avanços, como a reforma da partilha de poder no FMI (Fundo Monetário Internacional), que já foi aprovado pelo Conselho Executivo do organismo, o investimento em desenvolvimento e a mudança climática.
A ameaça de uma “guerra de divisas” – como batizou há semanas o ministro de Economia, Guido Mantega – poderá ofuscar estes acordos se a reunião do G20 não conseguir chegar a consensos em outros temas.
O G20 é integrado por União Europeia (UE), Grupo dos Sete (Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França), Coreia do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia e Rússia, que juntos são responsáveis por 85% da economia do planeta.
A Espanha também participará da cúpula de Seul, na condição de país convidado.
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