Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O presidente Lula viaja nesta segunda-feira (16/06) para o Canadá, onde participará, no dia 17, da 51ª Cúpula de Líderes do G7 de 2025. O encontro começou neste domingo (15/06), em Kananaskis, Alberta, e vai até o próximo dia 17.

As sete maiores economias industrializadas do mundo discutem em meio a escalada do conflito Israel-Irã, o genocídio em Gaza, a Guerra da Ucrânia e as ameaças de recessão intensificadas com a guerra tarifária propalada por Donald Trump, desde abril deste ano.

Além dos temas candentes da geopolítica, a segurança energética estará no centro do debate. Segundo o Itamaraty, o encontro será uma oportunidade para o Brasil avançar nas discussões sobre tecnologia e inovação, diversificação de cadeias produtivas de minerais críticos, infraestrutura e investimentos, temas fundamentais tanto para a transição energética quanto para o desenvolvimento sustentável.

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O G7 também é visto como uma oportunidade estratégica para Lula apresentar os avanços na organização da COP-30, que ocorrerá em novembro, em Belém (PA) e para reforçar os convites aos líderes globais para o encontro climático.

A participação do Brasil acontece na chamada sessão ampliada do G7, que reúne, além dos países-membros (Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Canadá), nações convidadas como África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México.

Brasil estará na sessão ampliada do bloco na próxima terça-feira (17/06)
Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Conflitos internacionais

O G7 ocorre sob forte tensão geopolítica, com o agravamento dos conflitos no Oriente Médio — em especial entre Irã e Israel — e a continuidade das guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

Além disso, o presidente norte-americano Donald Trump chega ao encontro pressionado por sua política de tarifas contra dezenas de países, o que aumenta o risco de recessão global.  Internamente, Trump enfrenta uma forte onda de protestos contra sua política migratória, em particular, no estado de Los Angeles, onde os atos se intensificam.

A cúpula ainda deve abordar questões como mudanças climáticas, regulação da inteligência artificial, migração, tráfico internacional de drogas e a crescente dependência das cadeias de suprimentos controladas pela China.

Na Europa, o presidente francês Emmanuel Macron fez um alerta enfático sobre a disputa por influência na região ártica. Durante uma visita à Groenlândia, território estratégico, Macron afirmou que “a Groenlândia não está à venda nem pode ser tomada”, em resposta a antigos interesses manifestados por Trump.

Com The Guardian e Agência Brasil.