Quinta-feira, 15 de maio de 2025
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A Polícia Militar cumpriu, nesta sexta-feira (20/09), a desocupação do prédio da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde estudantes estavam acampados em protesto contra as mudanças nos critérios para obtenção de bolsas e auxílios assistenciais.

O Batalhão de Choque da PM utilizou bombas de efeito moral e spray de pimenta contra os estudantes. O deputado federal Glauber Braga (PSOL), que prestava apoio ao grupo, foi detido, além de dois estudantes e uma jornalista, informou a advogada popular Clarice Chacon.

A desocupação foi autorizada por decisão judicial assinada pela juíza da 13ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), Luciana Lopes. A ação ocorreu no Pavilhão João Lyra Filho, principal prédio do campus Maracanã da Uerj. A Justiça havia dado o prazo de 24h para que os estudantes deixassem o local. O prazo terminou na quinta-feira (19/09), às 13h, e foi descumprido pelo movimento de ocupação.

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As reivindicações dos alunos começaram após a universidade anunciar cortes de auxílios direcionados a estudantes de baixa renda pelo Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda 038/2024), chamado pelos discentes de “Aeda da Fome”.

A assessoria do deputado Glauber Braga destacou se tratar de uma detenção ilegal, pois “um deputado federal só pode ser detido em flagrante por crime inafiançável”.

Instagram David Deccache
Glauber Braga, dois estudantes e uma jornalista foram detidos pela PM durante desocupação truculenta na UERJ

A também deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL), esposa de Glauber, pontuou que considera a ação “absurda e mais uma arbitrariedade e autoritarismo do governador Claudio Castro, mas também da reitoria da UERJ”. A afirmação foi feita em vídeo enviado pela assessoria de imprensa da parlamentar.

“Os estudantes ocupavam a reitoria desde julho por uma pauta absolutamente justa e necessária, que é a volta das bolsas de permanência estudantil para os estudantes mais pobres, que dependem dessas bolsas para conseguir desenvolver os seus estudos”, defendeu.

O Brasil de Fato solicitou posicionamento da Reitoria da UERJ e informações à Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro.