O ex-presidente e atual senador do Uruguai, José Pepe Mujica, afirmou nesta quarta-feira (31/08) que o processo de impeachment que afastou Dilma Rousseff da Presidência brasileira foi consumado com “um golpe de Estado que estava anunciado há tempos”.
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Em um ato convocado pelo PIT-CNT (Plenário Intersindical de Trabalhadores – Convenção Nacional de Trabalhadores) em apoio à ex-mandatária brasileira em Montevidéu, Mujica afimou que Dilma foi destituída em razão de “manobras” executadas pelos setores de direita do Brasil.
Roberto Stuckert Filho/ PR
Mujica e Dilma durante encontro em 2014 no Brasil
Segundo Mujica, “a oposição brasileira é democrata quando lhe convém, não aceitaram a derrotas nas urnas”.
Mujica em ato de repúdio ao golpe. O que falaram outros líderes? https://t.co/kcMnuXjEF6 https://t.co/OKkiUE7IKq pic.twitter.com/NCnYgQ51ZO
— Жайме Лула Янтас (@jjaimebr) 1 de setembro de 2016
De acordo com ele, a destituição de Dilma ocorreu porque a ex-presidente não cedeu às pressões para “encobrir” políticos acusados de corrupção.
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“A esta mulher estão condenando por não haver entrado na corrupção”, disse Mujica.
O ex-presidente uruguaio afirmou também que o processo de destituição de Dilma Rousseff “tem muitas lições” e que a mandatária destituída “não teve experiência para negociar”.
Mujica lembrou a última visita de José Serra a seu país, quando o chanceler nomeado por Michel Temer afirmou que “isso [impeachment] já estava decidido”. O fato, para o ex-presidente uruguaio, indicou que “toda essa discussão do Senado foi uma gigantesca pantomima”.