Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O governo do Reino Unido nomeou nesta quarta-feira (04/01) o diplomata Tim Barrow como novo embaixador na UE (União Europeia), após a renúncia nesta terça-feira (03/01) de seu antecessor, Ivan Rogers, três meses antes do início do “Brexit”, informou a emissora pública britânica BBC.

“Como negociador hábil e experiente, com uma ampla experiência em alcançar os objetivos do Reino Unido em Bruxelas, fornecerá sua conhecida energia e criatividade ao posto, e trabalhará com outros funcionários e ministros para fazer do “Brexit” um sucesso”, afirmou um porta-voz oficial do governo britânico.

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De acordo com o representante, a primeira-ministra, a conservadora Theresa May, elegeu Barrow após recomendação do secretário de gabinete do governo, Jeremy Heywood, e espera-se que o novo embaixador em Bruxelas assuma o cargo na próxima semana.
 
Por sua parte, Barrow disse sentir-se “honrado por ter sido designado representante permanente do Reino Unido na UE neste momento tão crucial”.
 
“Tenho vontade de unir-me à forte equipe de liderança no Ministério para a saída da União Europeia e trabalhar com eles e com o talentoso pessoal em UKRep (a representação britânica em Bruxelas) para conseguir o resultado mais adequado para o Reino Unido em sua saída da UE”, acrescentou.

Barrow é um diplomata de carreira que ocupou vários postos dentro do Ministério das Relações Exteriores e representou o Reino Unido perante várias entidades da UE.

Agência Efe

Tim Barrow representou o Reino Unido como embaixador na Rússia e na Ucrânia

Diplomata já representou Reino Unido perante entidades europeias; contrário ao 'Brexit', antecessor renunciou às vésperas de negociações sobre saída do país da UE

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O diplomata, de 52 anos e educado nas universidades inglesas de Warwick e Oxford, foi também embaixador em Moscou (2011-2015) e na Ucrânia (2006-2008).

O até agora embaixador britânico em Bruxelas, Ivan Rogers, anunciou ontem sua saída antes do prazo, e às vésperas do início das negociações sobre o “Brexit”, por supostos desacordos com a gestão do governo da primeira-ministra, a conservadora Theresa May.

Em sua carta de renúncia, Rogers recomenda seus colegas na equipe de Bruxelas que desafiem o “pensamento confuso” e digam a verdade ao “poder”, durante as negociações para a saída do Reino Unido da UE.

Também revela que, atualmente, os funcionários ainda desconhecem quais são as prioridades de negociação da administração de Londres.

May disse que prevê iniciar as conversas com a Comissão Europeia antes do final do próximo mês de março, mas não deu detalhes de sua estratégia negociadora por temor de “revelar suas cartas”.

Por causa da controversa renúncia de Rogers, o Partido Trabalhista, na oposição, pediu ao ministro conservador para o “Brexit”, David Davis, que compareça na próxima segunda-feira na Câmara dos Comuns para dar explicações.