O governo da Colômbia negou hoje (10) que militares de seu país tenham feito uma incursão em território venezuelano, como denunciou o presidente Hugo Chávez neste domingo (9), segundo informações de agências internacionais.

O mandatário venezuelano assegurou durante a emissão de seu programa 'Alô, presidente', que soldados colombianos cruzaram a fronteira através do rio Orinoco de maneira intencional.

“Temos testemunhas, lá em um campo na fronteira do rio Orinoco, estão lançando provocações, porque não se trata de uma patrulha de soldados, que vieram por equívoco como às vezes ocorre, estes soldados até cruzaram o rio em uma lancha e incursionaram em território venezuelano”, explicou.

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Por sua parte, a chancelaria colombiana desmentiu as afirmações de Chávez. “O Ministério da Defesa Nacional se comunicou com o comandante da Brigada 28 do Exército Nacional (…) quem confirmou que a dita informação não era certa”, informou um comunicado das autoridades diplomáticas colombianas.

A polêmica ocorre momentos antes da celebração da cúpula da Unasul (União das Nações Sul Americanas) em Quito, capital do Equador, onde espera-se que os países integrantes apresentem hoje uma declaração conjunta a respeito do acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos.

Tensão comercial

As diferenças diplomáticas também podem provocar efeitos comerciais. Chávez anunciou sua intenção de parar de importar alguns produtos colombianos e de por fim a um convênio que permite que regiões da fronteira do país vizinho recebam combustível venezuelano a preços menores, de acordo com o jornal El Universal.

“O fornecimento de combustível [subsidiado] para a Colômbia que se acabe já, que o comprem, que o comprem ao preço que é. Como vamos ficar favorecendo o governo de Uribe dessa maneira?”, disse Chávez durante o programa 'Alô, presidente'.

Se a medida for levada a cabo, trará um impacto significativo para a economia da colombiana, já que entre 50 mil e 120 mil barris de gasolina saem mensalmente da Venezuela com destino Colômbia.

“Eu amo a Colombia, mas os colombianos devem reclamar ao seu governo para que respeite a Venezuela e a seu povo”, expressou Chávez.

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