A Guatemala anunciou que seguirá o exemplo dos Estados Unidos e transferirá sua embaixada em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, cidade cuja posse também é reivindicada pelos palestinos.
O anúncio foi feito no último domingo (24/12) pelo presidente guatemalteco, Jimmy Morales, que está no poder há pouco menos de dois anos, após uma conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“Hoje [24/12] falei com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Falamos sobre as excelentes relações entre nossos países desde que a Guatemala apoiou a criação do Estado de Israel. Um dos temas de maior importância foi o retorno da embaixada da Guatemala para Jerusalém. Os informo que dei instruções à chanceler [Sandra Jovel] para que inicie a coordenação para que assim seja”, disse Morales no Facebook.
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Flickr/Gobierno de El Salvador
Anúncio da transferência da embaixada foi feito pelo presidente da Guatemala, Jimmy Morales
Assim como o presidente dos EUA, Donald Trump, o líder guatemalteco também não fixou um prazo para efetivar a transferência. A Guatemala foi um dos nove Estados que, na última quinta-feira (21/12), rejeitaram uma resolução das Nações Unidas (ONU) que condena o reconhecimento de Jerusalém como capital israelense.
O texto foi aprovado por ampla maioria (128 votos a favor) e diz que as ações que pretendam alterar a condição da cidade sagrada de forma unilateral não possuem qualquer efeito jurídico. Além de Guatemala, Estados Unidos e Israel, também votaram contra o projeto Honduras, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Palau e Togo.
Na visão dos palestinos, não pode existir um Estado seu que não tenha Jerusalém Oriental como capital. Já o governo de Israel sequer reconhece a existência desse termo e afirma que só há “uma Jerusalém”.
No entanto, a parte leste da cidade, predominantemente árabe, é considerada pela maior parte da comunidade internacional como uma ocupação desde 1967, quando foi anexada pelos israelenses. O território era controlado pela Jordânia desde 1948.