Segunda-feira, 23 de junho de 2025
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou que a rede de supermercados Éxito, controlada pela multinacional francesa Casino Guichard Perrachon, passará ao controle do Estado, sob a acusação de remarcar preços após a desvalorização do bolívar. São seis hipermercados e 32 supermercados. Além destes, outros 200 estabelecimentos no país foram fechados após reajustarem os valores dos produtos.

“Até quando vamos permitir que isso aconteça?”, perguntou Chávez em seu programa dominical “Alô, Presidente”. O presidente venezuelano disse que poderá ser necessário aprovar uma nova legislação para que a nacionalização seja concluída. “Estou esperando a nova lei para começar o processo de expropriação”, disse. “Não haverá volta atrás”. Ele acusa a rede de reincidência em especulação de preços.

Chávez tratou a decisão tanto como expropriação quanto como nacionalização. A maior parte da mídia, incluindo a rede de tevê estatal VTV, usou o termo expropriação, que pressupõe a tomada de controle sem pagamento de indenização. Mas não houve detalhamento sobre este ponto.

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As lojas controladas pela Éxito serão usadas pela Comerso (Corporação de Mercados Socialistas), uma nova cadeia varejista estatal que procura vender produtos a preços “socialistas”, segundo o presidente.

De acordo com a Casino, a nacionalização da rede não irá afetar a perspectiva financeira geral do grupo. A contribuição da subsidiária venezuelana ao lucro da Casino em 2009 foi próxima de zero, segundo um porta-voz da companhia francesa, citado pela Agência Estado.

O governo desvalorizou há dez dias a moeda nacional, que tinha cotação fixa de 2,15 por
dólar desde 2005. A Venezuela, que depende de importações para boa
parte de seu abastecimento, tem agora duas cotações oficiais para a
moeda norte-americana: 2,60 para produtos de primeira necessidade,
remessas e importações do setor público, e 4,30 para os demais produtos
e para a venda dos dólares obtidos com o petróleo.

O objetivo é reduzir em até 40% as importações, estimulando assim a economia
interna, segundo a administração Chávez.

Governo da Venezuela expropria rede francesa de supermercados e outros 200 estabelecimentos

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