Um grupo de pessoas protestou ontem (6) na Cidade de México contra a violência provocada pelo narcotráfico no norte do país, na fronteira com os Estados Unidos. No domingo passado (31), 24 pessoas morreram em dois massacres nos estados de Chihuahua (na Ciudad Juárez) e Coahuila, no norte do país durante duas festas.
Ontem, seis pessoas foram assassinadas em um bar na cidade turística Mazatlán, no estado de Sinaloa, um dos centros do narcotráfico no México, e lugar de origem de quatro dos seis principais cartéis de droga.
A guerra do narcotráfico já provocou mais de 15 mil mortos no país desde o começo do mandato do presidente Felipe Calderón, que lançou uma ofensiva contra os cartéis no final de 2006. Ele enviou milhares de soldados a Ciudad Juárez, uma das mais perigosas do estado de Chihuahua. A violência, porém, não parou de crescer.
O governador do estado, José Reyes Baeza anunciou ontem a transferência dos funcionários do governo estatal, dos deputados e dos juízes cidade de Chihuahua, capital estadual, para Ciudad Juarez (350 quilômetros ao norte), a partir de amanhã por tempo indeterminado. O objetivo é combater de perto a violência que afeta a região.
Reyes Baeza também pediu ao presidente mexicano, Felipe Calderón, do PAN (Partido de Ação Nacional), um apoio inicial em recursos de 230 milhões de dólares.
Indignação
A decisão foi anunciada seis dias depois do assassinato de 15 pessoas pelo narcotráfico, um crime que provocou indignação contra as autoridades locais e federais. Mais de 2.300 pessoas foram assassinadas em 2009 nesta cidade de 1.3 milhões de habitantes.
A polícia de El Paso (Estados Unidos) identificou como norte-americano o homem apontado como o líder do grupo que, no domingo passado, matou 15 pessoas em Cidade Juárez, a maioria estudantes, informou uma fonte do governo de Chihuahua.
Adrián Ramírez, que morreu na segunda-feira em uma troca de tiros com militares mexicanos, era norte-americano nascido em El Paso (Texas) em 1979. Conhecido como 'El Doce', tinha antecedentes criminais por violência familiar, roubo e narcotráfico.
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