Pelo menos 50 mil pessoas morreram e 250 mil ficaram feridas no terremoto de 7,0 graus na escala Richter que assolou o Haiti na terça-feira (12), informou hoje (16) o ministro da Saúde haitiano, Alex Larsen.
Segundo as primeiras estimativas da Defesa Civil local, entre 750 mil e 1 milhão de pessoas ficaram sem moradia. Em entrevista coletiva, Larsen considerou prioritária a remoção dos corpos para evitar epidemias.
Estes são os primeiros números apresentados pelo governo haitiano desde o terremoto que atingiu 3 milhões de pessoas, uma terço da população do país mais pobre das Américas, segundo organismos internacionais.
O ministro disse que o Governo já estabeleceu os eixos prioritários de intervenção para enfrentar a tragédia: saúde pública, ajuda humanitária, abrigos provisórios, logística para fornecer água e saneamento, e depois a reconstrução.
Larsen fez um apelo a todas as equipes médicas, em especial de saúde pública, para que voltem a seus locais de trabalho para atender aos milhares de feridos após o movimento telúrico.
Os lesionados no terremoto de terça-feira passada no Haiti estão morrendo nos hospitais, que estão completamente transbordados, por falta de auxílio, de remédios e até de comida, constatou a reportagem da agência de notícias Efe.
“Os que não morrem por seus ferimentos, morrem de fome”, denunciou hoje em declarações à Agência Efe o diretor do Hospital Geral, Guy Laroche. “Aqui há três dias que não chega nada de ajuda externa”, recalcou.
“Vi morrer feridos que precisavam de amputação entre gritos desesperadores, sem poder fazer nada porque não tinha material nem de amputação nem sangue para transfusões”, disse Genevieve Reynold Savain, proprietária da clínica privada CDTI, no bairro de Sacré Coeur.
Mas o caso mais trágico é o do Hospital Geral, público, o maior da capital, com 2 mil corpos em suas instalações e um número de feridos “que já não posso nem contar”, indicou Laroche.
NULL
NULL
NULL