O governo venezuelano anunciou a intervenção no Banco Industrial da Venezuela (BIV), maior banco do país e com 73% do capital em controle estatal. A Superintendência de Bancos e Outras Instituições Financeiras (Sudeban) – autoridade de regulação bancária venezuelana – afirmou que detectou “alguns problemas de certa gravidade” no Banco Industrial e “tomou a decisão de intervir a portas abertas”, segundo o ministro das Finanças, Alí Rodríguez, em declarações à emissora estatal “VTV” ontem (13).
Fachada de uma das agências do BIV em Caracas – Harold Escalona/EFE
O Banco Industrial da Venezuela “é de tamanha importância que o fundamental das operações do Estado venezuelano se movimenta através dele”, destacou o ministro, sem dar números ou explicar quais eram os “problemas de certa gravidade” detectados pelo órgão.
A intervenção “a portas abertas”, explicou, significa que o banco continuará “normalmente as operações”, mas que todas elas serão vigiadas por “uma junta interventora que fará um estudo exaustivo de todos os aspectos que têm a ver com a situação do banco”, para depois “aplicar corretivos” onde for necessário.
O governo garante que a intervenção é para assegurar que não sejam violados os interesses estaduais nem dos clientes. “Será feito de tudo para garantir não somente as colocações dos particulares, mas para que o banco siga sendo uma ferramenta eficaz aos propósitos e objetivos estabelecidos pelo Estado, onde o sistema financeiro cumpre um papel fundamental, ao ser o organizador do funcionamento do conjunto da economia. O banco vai continuar funcionando normalmente”, afirmou.
Perdas
O anúncio da intervenção vem um dia depois que a instituição descartar a medida e assegurar que suas operações “se encontravam blindadas”. O presidente do BIV, Willian Garrido Tovar, negou problemas no banco, apesar de o jornal “El Universal” ter publicado que a instituição colecionou perdas de cerca de 88 milhões de dólares nos últimos 22 meses.
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