O governo interino da Grécia, que ficará no poder até as novas eleições parlamentares de 17 de julho, tomou posse nesta quinta-feira (17/05) após um acordo entre os principais partidos políticos país. O gabinete será liderado pelo jurista Panayotis Pikrammeno, de 67 anos, que não terá autonomia para tomar decisões sobre os rumos da economia grega, ficando restrito à gestão do Estado nesse período de um mês.
A incerteza política na Grécia causada pela fragmentação do Palamento após as eleições de 6 de maio, que marcou uma forte rejeição da população à política de austeridade fiscal impostas pela União Europeia, aumentou as dúvidas sobre a continuidade do país no euro, o que provocou turbulências econômicas em toda a região.
Tanto o novo chefe de Governo como seus ministros juraram seus cargos perante o presidente da Grécia, Karolos Papoulias, na sede oficial do chefe do Estado, e na sequência foi convocado o primeiro Conselho de Ministros.
O Governo de Pikrammenos, de caráter técnico, é composto quase em sua totalidade por magistrados e catedráticos, sendo o único político o ministro das Relações Exteriores, Petros Molyviatis, que já ocupou esse mesmo cargo durante o mandato do chefe do Executivo conservador Kostas Karamanlis.
O importante Ministério das Finanças ficou a cargo de Giorgos Zanias, um colaborador próximo ao líder social-democrata Evangelos Venizelos, anterior responsável por essa pasta. Como ministro da Justiça foi nomeado o ex-presidente do Conselho de Estado Christos Yeraris, enquanto o ministro do Interior será o professor de Direito Constitucional Andonis Manitakis.
Para a pasta de Proteção dos Cidadãos (ordem pública) foi designado o ex-diretor da Polícia Eleftherios Ikonomou, e o ministro da Defesa será o ex-chefe do Exército Fragos Fragulis.
A partir das 5h de Brasília deverá ser formado o recém-eleito Parlamento, na presença do presidente da Grécia e do Arcebispo de Atenas e Primaz da Grécia, Jerônimo II, um passo prévio a sua dissolução, prevista para domingo, e à convocação oficial de novas eleições.
Enquanto isso, os partidos já começaram sua pré-campanha eleitoral, que promete ser muito polarizada e se tornar quase um plebiscito sobre a permanência do país no euro.
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