O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou durante o programa “Alô, Presidente”, a criação de um fundo de um bilhão de dólares para solucionar a crise energética pela qual passa o país. O líder venezuelano também criticou as manifestações da oposição e pediu que estudantes leais a seu governo impeçam que “se incendeiem as ruas”.
Conforme explicou Chávez, a verba vai acelerar o desenvolvimento de obras que aliviem o colapso na geração de energia no país. “Vou transferir estes recursos para o ministério de Energia para que não haja atrasos”, disse, segundo a Telesur. Os recursos se destinam ao desenvolvimento de 59 projetos de geração e distribuição de energia e a 50 de manutenção.
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A falta de chuvas na região de Guri e uma infraestrutura defasada são apontados como os fatores responsáveis pela crise energética. O governo lançou um programa de racionamento para diminuir em 20% o consumo no país. Até agora, apenas 4% foi economizado, segundo o ministro de Energia, Ali Rodriguez, que também destacou a ainda recente implementação do plano.
Na última semana o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimermann, e o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, foram a Caracas para verificar como o governo brasileiro pode ajudar a Venezuela a superar a crise de desabastecimento e foi decidido o envio de uma equipe de especialistas do setor.
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Crítica a protestos
Chávez criticou a oposição e os protestos estudantis da última semana no país, motivados principalmente pelo fechamento da RCTV Internacional, que se recusou a transmitir um discurso do presidente. Segundo ele, os protestos não contam com respaldo popular massivo.
“Os estudantes revolucionários devem ir às ruas como um muro de contenção que convença do contrário quem pretende incendiar nossas cidades”, disse o presidente.
Na sexta-feira, a Procuradoria-Geral da Venezuela informou que o Ministério Público iria investigar dirigentes estudantis que estejam forçando universitários e secundaristas a saírem às ruas.
Chávez ainda acusou a oposição de repetir contra ele táticas que levaram ao golpe de Estado frustrado de 2002. “Os chefes da contrarrevolução não estão fazendo outra coisa que não repetir um formato que já conhecemos”, disse.
“O império decidiu contra-atacar na América Latina dando o golpe de Estado e escolheu o ponto mais fraco”, afirmou Chávez, sobre Honduras.
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