Trabalhadores gregos realizam nesta terça-feira (16/07) greve geral em protesto contra medidas de austeridade aplicadas pelo governo em cumprimento com exigências da troika (União Europeia, BCE e FMI). Atenas começa hoje um debate de dois dias sobre um acordo proposto por credores, que ordenaram o corte de milhares de empregos do serviço público como condição para mais empréstimos.
De acordo com estimativas da polícia, cerca de 18 mil manifestantes marcham em direção ao parlamento grego. Segundo o porta-voz da polícia, Takis Papapetropoulos, não houve confrontos entre os manifestantes e a força policial. Motoristas de ônibus, bancários e jornalistas estão entre os grupos que se manifestam nesta terça.
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“Nós vamos continuar nossa luta para colocar um fim nas políticas que aniquilam trabalhadores e conduzem a economia para uma recessão ainda maior”, disse um representante do sindicato do setor privado (GSEE). “Vamos manter nossa posição contra aqueles que, com decisões erradas e letais, conduziram o povo grego à pobreza e à desigualdade”, afirmou um porta-voz do sindicato dos servidores públicos (ADEDY).
Voos de e para Atenas devem ser interrompidos, já que os sindicatos da aviação civil preparam uma paralisação em solidariedade às manifestações. Os transportes na cidade também foram afetados, com ônibus e trens parados nesta manhã.
Representando cerca de 2,5 milhões de trabalhadores, os dois sindicatos têm ocupado as ruas repetidamente, desde o início da crise na Grécia, no final de 2009. A greve mais recente irrompeu na iminência de uma votação no parlamento, nesta quarta-feira, que propõe a colocação de 25 mil servidores públicos em situação de risco de demissão, um acordo entre Atenas, União Europeia e credores do FMI. A medida é uma condição para que a Grécia receba 6,8 bilhões de euros (US$ 8,9 bilhões).