Os chefes de Estado-Maior dos países envolvidos na ação militar na Líbia afirmaram nesta segunda-feira (29/08) que ainda serão necessárias algumas operações para derrotar o governo líbio, já que os rebeldes enfrentam grande resistência na região de Sirte, cidade natal de Muamar Kadafi, um dos últimos redutos dos apoiadores do antigo regime. As informações são da agência de notícias France Presse.
“A guerra na Líbia não terminou” e é necessária mais ajuda para derrotar completamente o regime de Muamar Kadafi, reconheceram, por meio de comunicado, os líderes da coalizão internacional.
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“Os chefes de Estado-Maior da coalizão são unânimes ao considerar que a guerra não terminou e que devem manter as operações conjuntas para que o povo líbio realize seus objetivos e elimine os restos do regime de Kadafi”, consta no comunicado.
Na localidade de Bir Ayyad, vizinha à capital, ainda acontecem combates esporádicos que não alteram o fluxo de tanques e caminhões carregados tanto com pequenas metralhadoras antiaéreas como com lança-foguetes. Fontes dos rebeldes em Trípoli declaram à Efe que uma possível invasão a Sirte acontecerá nos próximos dias, mas não definiram a data.
Existe a possibilidade de a ofensiva acontecer dois dias depois do fim do mês sagrado do Ramadã, que acontecerá entre segunda e terça-feira.
A localização de Kadafi é desconhecida há uma semana, desde quando os rebeldes chegaram à capital. De acordo com a Efe, a Casa Branca assegurou não ter registros de que ele tenha abandonado o país e ressaltou que, se soubesse de indícios de seu paradeiro, informaria os rebeldes.
Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que o governo dos Estados Unidos continua colaborando com as forças de oposição e os aliados da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a medida que se desenvolvem os conflitos na Líbia.
Mais cedo, a emissora Al Arabiya anunciou, citando uma fonte dos rebeldes líbios, que Khamis Kadafi, filho de Muamar Kadafi e comandante da brigada de elite Khamis, morreu no domingo em combate em Tarhuna, cidade situada a 90 quilômetros de Trípoli. No dia 30 de abril, Saif al Arab, o filho mais novo de Kadafi, teria morrido em um bombardeio da OTAN contra o complexo residencial de seu pai em Trípoli. A informação da morte de Khamis, não foi confirmada oficialmente.
Em nota, o Conselho afirmou que a Argélia deveria extraditar os familiares de Kadafi e que considera a acolhida do governo argelino uma agressão. “Consideramos que a Argélia fez isto como um ato de agressão contra os anseios do povo líbio. Nós tomaremos todas as medidas necessárias contra isto e pediremos a extradição deles”, acrescentou o documento.
Representante brasileiro
O futuro da Líbia foi assunto de conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, no Palácio do Planalto. Foi acertado que o Brasil vai enviar um representante para a grande reunião organizada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, com países do chamado Grupo de Contato, que envolve as maiores economias do mundo.
A reunião deve acontecer na próxima quinta-feira (01/08), em Paris, e tem o objetivo de discutir como será a reconstrução da Líbia. Embora o Brasil não faça parte desse grupo, foi convidado pelo presidente francês a participar do encontro. Sarkozy também chamou a China e a Índia para tratar da questão da Líbia.
A pessoa mais cotada para representar o Brasil na reunião é o embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantônio Neto, que foi designado por Patriota para fazer as articulações com a oposição na Líbia.
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