Quinta-feira, 17 de julho de 2025
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Apesar de registrar mais de 250 mortos e três mil contaminados pelo surto de cólera que afeta o Haiti, o diretor geral do Departamento da Saúde, Gabriel Thimote, afirmou neste domingo (24/10), no entanto, que foi registrada uma diminuição no número de mortes e de pessoas hospitalizadas nas áreas mais críticas.

Efe



Criança é tratada em clínica improvisada na cidade de Robine (Grande Saline), na província de Artibonite

“A tendência é que o quadro se estabilize, embora não sejamos capazes de dizer que já atingimos um pico”, disse Thimote, de acordo com a BBC. Do total de mortos, 239 foram registrados em Artibonite, a área mais afetada pelo surto, segundo o diretor-geral.

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O restante das vítimas foi contabilizado em Mirebalais e Las Cahobas, no departamento de Plateau Central, no leste, onde, no entanto, não se reportaram mortes por cólera nos últimos três dias segundo Timothée, o que representaria “uma tendência de estabilização” da epidemia na região.

A respeito dos cinco possíveis casos da epidemia em Porto Príncipe, Timothée disse à Agência Efe que é preciso realizar exames no laboratório nacional de Saúde Pública para determinar se realmente se trata da doença. O diretor-geral também falou de uma “diminuição” nos casos graves em Drouin e Grande Saline, as áreas mais críticas de Artibonite.

Efe



Familiares enterram uma vítima do cólera em cemitério na cidade de Dessalines

“Importado”

Acredita-se que o surto de cólera tenha sido provocado pelo consumo de água contaminada do rio Artibonite. Cerca de um milhão de sobreviventes do terremoto ocorrido em janeiro desse ano estão vivendo em barracas próximas à capital, sem saneamento básico e com acesso limitado a água potável. O cólera provoca febre alta, diarreia, vômitos e desidratação.

No sábado (23/10), o presidente haitiano, René Preval, disse que as autoridades estão tomando providências para que o cólera não ultrapasse os limites do foco original e disse que o cólera teria sido “importado” de uma país que se absteve de identificar.

Segundo a BBC, especialistas dizem que essa é a primeira epidemia de cólera em um século, por isso, a população não tem qualquer imunidade contra a bactéria.

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Ajuda humanitária

O Haiti pediu hoje (25/10) que a ajuda internacional que chega ao país para
combater a epidemia seja coordenada com o objetivo de evitar o “caos”
que ocorreu na entrega de doações após o terremoto de janeiro.

O presidente da Associação Médica Haitiana, Claude Surena, que faz
parte do comitê de crise criado após o surgimento da doença, disse à Efe que os envios de ajuda devem ser autorizados pelo Ministério da Saúde. “É preciso coordenar o envio de ajuda do exterior para que não se
reproduza o mesmo caos que ocorreu na época do terremoto”, afirmou.

A associação brasileira Viva Rio, com sede no Rio de Janeiro, está recebendo doações para ajudar a conter o surto de cólera. As doações estão sendo recolhidas diariamente, das 9h às 17h, na Rua do Russell, 76, Glória, Rio de Janeiro.

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Haiti: autoridades afirmam que surto de cólera está se estabilizando

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